O ESPINHO

E logo ali...

estava ele de cabeça baixa a rabiscar o chão com um espinho de uma rosa,

me aproximei.

Peguntei o porque da tristeza

Ele me falou de sua dor

da perda de um amor

Calada fiquei...

Falou-me dela como se falasse de uma rosa

meiga, suave e bela.

Perguntei o porque de estar ali

E ele me respondeu que seu amor acabara de ir embora

vi ao lado um lindo buquê de rosas vermelhas-algo que sempre desejei-

e perguntei-lhe sobre as rosas, me disse tristonho que eram para ela, mas ela se recusou a levar e até mesmo receber.

Vi uma pequena lágrima lutando para cair dos seus olhos, quando ele levou as mãos ao rosto.

Me coloquei em sua frente e falei que o amor é assim mesmo e que as vezes nos apaixonamos por pessoas que não estão preparadas para viver esse sentimento, mas que se abrirmos nossos olhos poderemos vê que a felicidade pode estar na nossa frente.

Ele se levantou olhou em meus olhos e disse... que dessa felicidade, desse amor ele só conhecia os espinhos e que o mar de rosas que os apaixonados tanto falam ele não conhecia, que sua vida sempre foi dor, que ninguém nunca lhe amou de verdade, e que ele mesmo não sabia nada sobre este sentimento.

Pegou o espinho que havia caido no chão e colocou em minha mão e disse mais uma vez que de espinhos estava cansado e foi embora.

Sentei-me onde ele estava, olhei mais uma vez para as rosas e fiquei horas a pensar...

De repente alguém se aproxima e me pergunta o que eu tinha,

Respondi que apenas um lindo espinho deixado pelo meu amor.

Alice no País da Poesia Alice Raposo
Enviado por Alice no País da Poesia Alice Raposo em 06/06/2011
Reeditado em 19/06/2011
Código do texto: T3017943
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