O Maior Amor do Mundo

Um amor puro, sem interesse de qualquer espécie. Um coração pronto a perdoar, a advertir, a aceitar. Nada se compara a este amor.

Foi-lhe dada uma morte agonizante, ajuntando o amor que sentia. Poucos O queriam bem e a todos Ele amava, almejando encontrar-lhes em um gesto ou em uma palavra um alívio à Sua debilidade carnal.

Contudo, a Sua esperança não se esvai. Ele olha para os céus e ratifica todo aquele amor que sente. E não Lhe há nenhuma intenção passageira, nenhum empenho terreno.

Tudo Lhe parece mais claro, tão límpido quanto o cristal mais chamejante. Algumas lágrimas se despontam serenamente dos seus olhos virginais.

E então, repentinamente, uma canção surge dos céus. É a mais majestosa composição que os ouvidos são capazes de escutar, pois é composta por traços tão serenos, tão ajustados, tão majestosos, tão ímpares, tão tocantes... E tudo no céu e na terra se atenta.

Os céus não se contêm. Uma carruagem de fogo surge do firmamento e um pássaro colossal e de igual teor acompanha-lhe, ressurgindo da terra às alturas. E, ao Tocar as nuvens, elas cedem como se uma ordem incomensurável tivesse surgido do mais alto dos firmamentos.

Nem a estrela-mãe poderia ser mais brilhante que aquele Pássaro que se fora. Todavia, Ele não havia se dispersado de todo, pois em um ponto do céu Ele jazia, com as Suas asas distendidas, Proferindo orações, Expressando em variadas formas todo aquele amor.

E este amor se dissipa por toda a terra, como milhares de partículas de Sua flama que é harmonizada em cada nova vida.