O destino da garota que observava o céu!!!!!!!_parte 5

Eu estava extremamente atônito diante daquela história e ainda não era capaz de entender o que a minha amada pretendia dizer.

- Eu observo o céu... porque a minha estrela é última da constelação e ela estava a cada dia mais fraca... e o motivo de estar triste...é porque hoje ela já não brilhou. Perdoe-me, quando você disse que me amava eu sabia que você era o outro descendente e mesmo assim eu fui tão egoísta e não pude impedir o que aconteceu,não pude evitar te amar e consumar o nosso amor, e com isso te condenei junto comigo.

Pela primeira vez eu a vi chorar, enquanto me olhava com olhos de quem busca consolo, palavras de amor ou simplesmente uma resposta...nunca fui capaz de entender os olhos dela, a única coisa clara para mim era que ela realmente acreditava em tudo que acabara de me contar.

O que eu poderia dizer para a loucura que se abria diante dos meus olhos apaixonados? A abracei e tentei dissuadi-la de tão absurda idéia, insisti em dizer que tudo não passava de alguma espécie de lenda de família e que nada iria acontecer com ela ou comigo. Ela me olhou vazia e falou que havia previsto a minha reação, mas me amaria mesmo que eu não acreditasse nela e que por essa razão não havia me dito a verdade com antecedência.

Ela dormiu em meus braços...mas eu não consegui dormir. Não apenas pela empolgação de ter em meus braços o grande amor da minha vida mas principalmente pela história absurda que havia ouvido. Não que eu acreditasse em toda aquela fábula de bruxas, amor e maldição. No entanto, a obsessão que ela tinha pelo céu, a entrega tão rápida a um amor tão repentino e a sua crença absoluta naquela loucura toda me levava a crer que ela possuía algum distúrbio psicológico, algo como uma paranóia ou psicose, talvez devido ao trauma da morte da mãe, na época não entendia desses assuntos, mas acreditava que ela deveria ser levada o mais rápido possível à um psiquiatra e, com tratamento devido ela seria totalmente curada.

De manhã fiquei relutante perante a idéia de ir embora e deixá-la sozinha, com os nervos tão abalados juntamente com aquela idéia absurda de que me breve ela morreria,mas ela me beijou tranquilamente como se nada estivesse acontecendo e falou: “Quando algo tem que acontecer, definitivamente acontecerá”

Ao que respondi - Lei de Smurff!!!

- Sim, nem você nem eu, poderemos mudar o destino que há muito foi escrito. Mas vamos curtir nosso tempo juntos. “Que seja eterno, enquanto durar”. E com um sorriso, ela me deu tchau e praticamente me colocou para fora da casa.

Foi a última vez que a vi com vida!!!