Mamãezinha querida, não sabes a agonia de segurar essa caneta, embora com saudades eu esteja eu te sinto tão perto de mim. Não pude te satisfazer com a volta do bohemio, ia lhe ver no mes de novembro, mais Deus te levou em setembro.
    Me lembro da última vez que me abraçou sorrindo, dizendo;
    -Vá meu filho volte doutor, me faça o favor de fazer essa sua velha mãe sorrir.
    Fui sorrindo como um passarinho foge do ninho quando perde o medo de voar, mamãezinha me desculpa quando não olhei para trás, sentia um medo voraz de não seguir em frente, meu cachorro vi ele latindo, chorando baixinho pedindo para seu fiel amigo ficar.
    Quantas estrelas contei aqui na cidade grande, me senti um gigante mais com coração de menino, perguntava a lua se ela estava iluminando o bastante sua rua,
seu brilho era branquinho como seus cabelos fofinhos que parecia algodão.
    Meu maior medo era te encontrar nesse caixão, nunca perdi perdão pelas traquinagens que eu fiz. Dizem que Deus sempre tem um propósito, mais com ele eu aposto que nenhum ele tinha para te levar. Hoje posso tentar entender que alguém tão bela como ti era o que faltava para ele no céu, pois as estrelas estavam morrendo, não era justo alguém como você na terra ficar, sua missão é iluminar esse lindo céu que nunca irá de se apagar.

    
    
Eduardo monteiro
Enviado por Eduardo monteiro em 13/11/2011
Reeditado em 13/11/2011
Código do texto: T3333607
Copyright © 2011. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.