Necessidade Violenta

E então, aquele menino que descia todos aqueles lances de escada não podia parar de pensar. Na verdade não queria parar de pensar no passado frustrante. Queria, e até poderia ligar e dizer centenas de coisas, porque o ouviria. Mas preferia se conter e sentir seu coração pulsar quase que vagarozamente de dor. Ele dizia em sua propria mente, que tudo uma vez valeria a pena, porque olhar para o passado o fazia caminhar para o futuro. Mas acreditar em suas próprias palavras, o transformava em seu próprio carrasco.

Mettius, ele dizia - Tudo vai ficar bem. E olhando uma figura do passado, nada passava de forma fantasiosa de um desconhecido discuido da mente. Talvez voltasse sem fim, nessa necessidade infinita. Mas já não havia mais amor dentro dele, apenas solidão. Uma solidão raza e quase superfícial. Porque uma vez dito que não se pode viver sozinho, essas palavras se diluíam em sua cabeça. Mas alguns rapazes do lado leste da cidade dava todo o poder que ele desejava, sem o ver. Sem saber como poderia ter tanto poder em seu corpo. E ele continuava sozinho boiando nos seus pensamento que confundidos com a água do mar, quase o afagova em sua própria armadilha de verão.

Foi bem na região que os rios quebram no mar, que Mettius decidiu passar o verão, então lá conheceu Christiano, morador que quase não residia em sua cidade. Resolveu alugar o quarto mais longe da práia só para que sua preguiça não tomasse lugar nas horas que andava até que a areia tomasse conta dos seus pés. Porque à sóis poderiam estar longe de qualquer pessoa que os atrapalhassem nessa virtude de passagem a tarde boiando quase em alto mar. Às vezes percorriam trilhas mata à dentro, e até acabavam encontrando um animal exótico que Christiano insistia em fingir surpresa de nunca ter visto. Mettius achava terno. Porque não encontrava palavras para descrever esse sentimento de quase alegria nula - apenas fingia um sorriso de canto de boca, enquanto o menino de aparecia russa o tentava impressionar. Fizeram algumas fogueiras um pouco perto da entrada do estacionamento e próximo, também a beira do rio, onde se costumava caçar sapos na adolescencia. Talvez até comentassem sobre desejos sexuais de adolescencia, o que deixava Mettius um pouco desconfortável. Mas quando se recolhia só, no seu velho quarto de verão, se explorava com um pensamento perto e longe de Chris. Sou só um adulto, ele dizia a sí mesmo - Não posso deixar de pensar nas coisas que fiz se quiser me justificar. Queria não pensar em alguns meses atrás, quando Dominic o deixou de forma vazia. Nessa hora meio mundo saberia que ele passaria todo o último Domingo de maio chorando. Mas então duas horas depois ele deixou de chorar e começou a acompanhar sua própria vida. Longe, ele estava agora.

Todos os locatários se reúniam na grande cozinha industrial. Mettius desceu pela velha escada de madeira, que se podia ouvir arranhar as paredes de tão velhas, sem identificar sua vontade. A mesa estava cheia, então ele tomou seu lugar com os outros. Tomou algo refrescante como um suco de abacaxi com ortelã, e talvez tenha comido apenas uma unidade de biscoito salgado. Mas logo se preparou para sua corrida à praia. Ele sabia que encontraria Chris logo cedo e poderaim passar algum tempo junto até o almoço. Com certeza Chris estará lá, pensava ele confiante. E realmente ele estava. Seu corpo semi nú onde saia da água e ia de confronto com a areia. Mettius se aproximou e de dando de ombros se sentou. Era uma manhã quente o bastante para o fazer ficar sem camisa, então não hesitou em tirar, mesmo que houvisse o quanto seu corpo parecia pálido. Haviam poucos grupos na praia e os dois rapazes se divertiam sobre confissões de seus sonhos. Chris ao seu lado, e o céu sem qualquer nuvem davam pequenas pancadas de emoções em sua cabeça. Algumas coisas pareciam confusas, já que não havia Dominc por perto. Não havia mais insegurança. Chris comentou que se sente um pouco mal em pensar que as férias de verão passariam de forma quase trágica pelo tempo, mas que não perderiam contato. Talvez o menino pálido o fizesse prometer, porque seu rosto corava de segurança do que aquilo significaria. Não posso te deixar, Mettius disse - Não ficaria um minuto se quer sossegado, sem saber se posso te ver novamente. A gente não resolve todo o resto de nossas vidas em algumas palavras, e o mundo é cheio de imperfeições - Chris não entendeu o que isso significava, já que quase nunca Mettius falava de forma aberta sobre as coisas. Então... Que segurança tenhoq ue vou voltar a te ver? - Continuou o menino da pele pálida. Nenhuma, disse Chris. Então os dois se calaram por um momento. Mettius começou a riscar a areia, e Chris jogou seu corpo contra o dele. Vamos para o mar? Minha cabeça está torrando, e as palavras que você costuma me dizer, me deixa cheio de pontos de interrogação que fritam meu cérebro. Os dois correram para o mar.

Talvez se eu desistisse de voltar para a cidade, tudo ficaria de forma raza e limpa - Pensou Mettius. Mas não era o momento suficientemente ativo para aqueles pensamentos de incerteza. E quando voltaram para areia, naquela praia onde não havia núveins, e o vento era mais quente que a luz do sol. Se abraçaram. Metteius estava em cima do muro, porque o pretexto em que queria Chris existisse longe daquela praia, era para que nunca mais tivesse que voltar para Dominic. Mas ele estava longe, e talvez seu pensamento tão quanto ele estava. Dominic nunca mais pensaria em Mettius. Ele nunca mais existirá para Dominic, porque o menino loiro de dezessete anos, que está tão longe, tem apenas dezessete anos e não sabe o que é amar. Então todos estão tão longe de casa, e não existe se quer mais trinta dias que Mettius possa se dar, e dar a Chris, atens de voltar para sua sala em uma grande cidade que é o que Dominic cobiça.

São quatro horas da manhã e não há som. Está chuvendo, e talvez esteja frio, quem sabe? Se quer o menino branco da cidade teve coragem de levantar. A febre tomava todo o seu corpo, porque é assim que esses pequenos ataques surpresas fazem com essa auto-punição. Então não tem mais volta, e Mettius sente saudades de Dominic. Por que!? - ele se pergunta. Sente tanta vontade de chorar e de se rasgar ao meio. Mettius sabe que amanhã fará sol, mas ele não pode voltar para a praia. Ele não estaria enganando só a Chris, mas a sí. Uma realidade nunca existiria se não fosse o fim das férias. Então ele fecha os olhos e dorme.

É hora de voltar, e algumas coisas não foram curadas. Então Mettius procura o ponto de partida. Não há. Porque o ponto de partida sempre o ligará com Dominic. O ponto de partida os fez um complementar o outro. Então pensa no fim do mundo, que nunca será, embora seja. Algumas coisas se tornam desnecesárias dentro de um vazio, ou de uma mente violenta. Não há como se avaliar. Em breve estará longe. Adeus Chris. Adeus gosto do sumo da laranja que desce pela sua garganta. Adeus areia que entra pela sua blusa quando deitada embaixo do sol e a água salgada faz como uma rotina de vida a péle descascar no final do dia. Mas ele estará tranquilo quando ouvir todo aquele barulho. Sem amor... Apenas o barulho dos carros. Cada e-mail que chegar na sua velha máquina ele sempre pensará em Dominic. E quando Chris subir pelas escadas uma vez por mês e os dois estiverem deitados com suas cabeças rente ao chão, quando a vodca pular boca fora nas noites de sábado, quando a primavera chegar, quando o inverno voltar, quando principalemente ele tomar um sorvete no parque novo que abrirá na zona norte. Ele sempre pensará o quanto a vida dele depende de Dominic.

Yuri Santos
Enviado por Yuri Santos em 08/07/2012
Reeditado em 08/07/2012
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