Ilha Paris

Era meio dia -hora do almoço- os pratos já postos na mesa esperavam a comida atrasada. Julia recém cortava as cebolas, coisas que jamais havia feito antes.

Antigamente vivia em uma casa burguesa, com mordomo e roupa de seda, a troco, escolheu uma cidadezinha no inteiros do estado por alguns meses- seis exatamente- para estudar letras.

Uma mulher boba de vinte um anos que estava neste momento ralando cenoura para a salada.

Era meio dia e meia e a comida ainda não estava pronta.

Estava trabalhando na casa de família tradicional como governanta(que por fim acabava fazendo um pouco de tudo), casa de jardins com grama difícil de cortar; italianos, exigiam organização a casa era um objeto de coleção, intocável na casa havia um garotinha de seis anos, que infelizmente seguia os passos de sua irma mais velha de dezessete ano; uma garota egocêntrica e mesquinha, porém uma menina bela de feições perfeitas, também falava alemão e fluentemente idioma inglês. Tantos dons jogados fora pela falta de caráter da mesma; Rebecca.

Sua irmã menor, Sofia já aprendia a viver numa casa no qual tocar nos objetos era extramente proibido, às vezes é possível imaginar um criança sem alma de infância, na fase mais linda da vida, sentada no meio de um enorme quarto, cheio de brinquedos sem brincar, bonecas perfeitamente abandonadas; intocáveis.

A mesa estava quase posta, o cheiro forte de cebola recém colocadas na panela, a levava em um delírio que voltada a naquela noite de inverno banhado com o olor de vinho, na frente de um lareira de uma casa velha de madeira, o beijo em Julia e ele com seu sotaque arrastado de um francês de meses, brutalmente foi interrompido pela voz áspera da senhora da casa, procurando respostas para o motivo da cebola estar queimada.

Enquanto almoçava observava alguns seres inanimados mastigando a comida na mesa começava então a imaginar quando veria outra vez aquele rosto viril, que era a exceção a regra, admitia e fazia com que todos vessem isso.

Algo passava, opostos que se completavam num mundo irônico que ambos viviam obrigados

Continua próxima quinta- feira

Lorraine D
Enviado por Lorraine D em 21/11/2012
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