Reencontro
No centro da sala, ela viu a figura imponente do rapaz. Sua postura entoava poder, mas seu olhar - ela chorou - suspirava poemas de amor. Duas batidas na quina da mesa, e seus dedos já não se sensibilizavam mais. Ela queria apoio, as pernas não tinham mais forças. Ele correu a ela, o tempo em constância, acompanhado pela solidão de suas antigas lembranças. Palavras não foram ditas, mas as lágrimas interpretaram a saudade. O beijo selado, não romântico; selvagem, esfomeado talvez. Sorriram, pensando: agora sei que estou vivo(a).