Mestre Paixão

É preciso agora, que se abra um parênteses... outrora, eu que vos conto esta história, era a compaixão. O intermediador da verdadeira busca pelo o amor, lembram-se ? - “...não sou o pulso do amor. Sou o impulso para se chegar a ele ” – É preciso também que se explique o porque não sou mais a compaixão... Não posso mais ser condutivo, de um sentimento que depende da auto piedade para sobreviver. Sou soberbo de qualidade, sou acertivo com as dúvidas. Mas não posso ser indiferente e complacente com o sofrimento. Qualquer um incitado pela piedade, está viciado pela avareza da realidade. Sofre-se pelas limitações de seus sonhos e subestimam a força da esperança que neste exato momento de suas vidas, estão tão frágeis quanto ao ex-cego à primeira visão de um feixe de luz.

Alguns sofrem porque são fracos. Intimamente. Das vezes em que amaram, foram traídos pelo próprio fracasso, mas das poucas chances em que pôde mudar, apenas choraram e fizeram promessas de ser resistente como uma rocha. Quase sempre escolhem a renegação do que a redenção. E o que podia ser a sua redenção, depende de uma simples batalha, a qual todos nós desdenhamos quando estamos diante de uma certeza e um sofrimento... a luta pela escolha.

A certeza, está ao seus pés, um caminho sinuoso, esperando ser trilhado com apenas uma convicção: o encontro da harmonia. O sofrimento, estava em suas mãos, um punhado de areia fina, esperando ser poupado de apenas um sopro: a desistência pelo o encontro desta harmonia...

Outros sofrem porque são fortes. Individualmente, reconhece que sua perdição é o vício pela abdicação. Das vezes em que amaram, foram traídos pela própria resignação, mas das poucas chances em que pôde mudar, apenas sorriram e prometeram ser insistentes como as ondas.

Entregam-se completamente ao amor, quando conhecem a nobreza da dedicação, quase sempre escolhem a aceitação do que a rejeição. E o que poderia ser a sua verdadeira aceitação, depende de uma simples pergunta, a qual todos nós desdenhamos quando estamos diante de uma dúvida e um contentamento... a resposta pelo o certo.

A dúvida, está ao seus pés, um caminho tortuoso, esperando ser ignorado com apenas uma certeza: o encontro do arrependimento. O contentamento, estava em suas mãos, um punhado de areia fina, esperando ser soprado ao vento com apenas um pensamento: a desistência pelo o encontro deste arrependimento...

Eu, que a partir de agora vos conto esta história, sou a balança da verdade... sou o contrapeso dos sentimentos mais nobres porque sou a prova real, de que até mesmo o amor precisa ser testado. Eu sou a paixão. Sois a razão da cegueira... porque a justiça é cega...