O Dilema Sofrido Por Um Vampiro 3ª Parte

Quando foi chegando os animais já sabia que ele estava lá, ficaram muito agitados, uivando um uivo muito triste, por saber que um caçador implacável havia chegado. Que com ele, nenhum animal podia, não tinha compaixão em seu coração. Mas ele não sabia o que estava acontecendo com ele. Desde que chegara a Bom Jesus, parecia que havia adquirido um coração, ao ouvir os lamentos dos animais não teve coragem de avançar direto em um deles, parou, olho-os bem nos olhos, vendo também que eles tinham direito a vida, disse a eles que não precisava preocupar porque não estava ali para matar nenhum deles. Queria apenas se alimentar que assim como havia desenvolvido o alto controle para não alimentar mais de sangue humano, também havia devolvido para não matar nenhum animal nem mesmo os tornaria em animais vampiros. Iria apenas tirar um pouco de sangue de cada um, para se alimentar, nada que os deixasse fragilizados e alvos fáceis para outros predadores. Com isso os animais consentiram, sugou sangue necessário para saciar sua fome, pensou que com isso, aliviaria aquele aperto profundo que estava sentido no peito, mas, isso não aconteceu. Continuava sentido a mesma coisa, então sentou por um tempo sentido a neve cair em profusão por seu rosto, não ligou ficou sentado sem se mover fitando o nada. Foi quando sentiu que o dia já iria amanhecer, levantou e saiu em disparada rumo a sua casa.

Lá chegando, antes de o dia clarear foi para o sótão trabalhar porque estava inquieto, precisava se ocupar com algo para ver se isso passava. Quando dia amanheceu, chamou o Verne, mandou-o a outros vizinhos levar o convite para ele poder se apresentar, porque não podia fazer isso somente na fazenda do seu Pedro, para não dar o que falar entre os outros vizinhos. Fez visitas à semana toda a noite, mais procurava chegar bem depois do jantar para não ter que comer nada, no máximo que aceitava era uma xícara de café. Na quinta ao visitar o seu Queiroz, este lhe fez um convite para que no sábado ele fosse à cidade ao centro de tradições gaúchas para uma roda de chimarrão para assistir apresentação da chula, como também dançar algumas danças típicas de lá. Quando o sábado chegou Victor se arrumou todo, Verne ficou olhando para o seu amo sem nada entender. Quando ele disse vamos? Verne pensou vamos aonde? Ele disse vamos a uma roda de chimarrão na cidade, fomos convidados, tenho que chegar lá parecendo um humano, por isso vamos logo, Verne pegou o carro pensando que seu amo tinha ficando doido mesmo, porque ele antes nunca tinha se arriscado tanto, nunca tinha se misturado tanto com os humanos como nestes últimos dias. Ao chegar ao centro de tradições, lá já estava bastante animado, com muitas músicas gaúchas. Um cheiro de carne assada espalhava pelo ar, estavam fazendo churrasco, havia muitas pessoas que ele já havia conhecidos sentados em grupo, com uma cuia na mão tomando o famoso chimarrão, quando avistou seu Pedro juntamente com o seu Queiroz , eles também o virão e o convidou para se juntar a eles na roda de chimarrão. Conversaram enquanto bebia a bebida, mesmo ele não sendo humano, participou porque não podia fazer feio a frente de seus amigos, enquanto estava nesta roda seus olhos não parava de procurar pela Celeste para ver se a via no meio de alguma roda. Quando anunciara que a chula iria começar. Ficou encantado com a apresentação da dança em como os homens a dança em uma perfeita harmonia, como agilidade e habilidade eles sapateava na dança.

Logo após da Chula passaram o churrasco, ele teve de comer afinal estava ali como humano, não gostou do gosto da carne assada, mas comeu assim, mesmo sentido náuseas sorriu e engoliu a carne sendo que sua vontade era de cuspi-la, para aliviar um pouco o gosto tomou mais chimarrão. Quando anunciou outra dança típica pau de fita, foi quando viu Celeste no meio dos dançarinos, ela estava tão bela com roupas típicas, que parecia uma donzela do século dezoito, Soube nesta hora, que era amor mesmo que sentia por ela. A queria para si, mas não podia tê-la, era a lei. Sentiu uma agonia tão grande dentro de si, que nem prestou atenção direito a dança por que só tinha olhos para ela. Quando terminou apresentação da dança, começou outras danças, quando foi incentivado a ir dançar também, porque um rapaz tão bem apessoado não pedia ficar sentando só olhando, tinha que dançar com as moças. Dançou com várias moças, ao terminar, voltou para a roda que estava, lá estava Celeste. Linda com aquela roupa, sentou ao lado dela, quando começaram a tocar uma valsa, ele a tirou para dançar, porque queria senti-la em seus braços nem que fosse em uma dança, ele tremia ao sentir o contato, o calor dela perto de si, ela perguntou se ele estava com frio, porque tremia e estava gelado, mentiu dizendo que sim.

Ficou lá até ás quatro horas da manhã, quando olhou para o Verne para ver se ele estava se divertindo viu preocupação no olhar dele, entendeu que já deveria estar para amanhecer. Despediu das pessoas para poder ir embora, quando eles disseram que era muito cedo, mais disse que já era tarde para ele. Foi embora angustiado por ter que deixar a Celeste de lado, ao mesmo tempo por não poderia tê-la para si. Foi quando disse para Verne parar o carro que ele iria caçar, porque no pólo sul durante o inverno o sol não aparecia. Ao chegar lá, os animais acharam estranhos porque ele não veio até eles pedir para se alimentar, ficou andando de um lado para o outro em uma agonia completa, sem importar com o vento que soprava sem parar e o tanto de neve que caia. Alias andava em agonia, sentava se levanta até rolar pela neve rolou para ver se aquela dor passava, mas nada, deitou-se deixou a neve cair sobre si, para ver se acalmava mais também nada, então pela primeira vez, sentiu raiva por ser vampiro, por ser um ser das sombras, por nunca poder ver o sol. Uma espécie de duas lágrimas rolou por sua fase, ficou sem entender, vampiros não choram são seres sem almas. Levantou-se novamente começou a andar de um lado para o outro, essa sua agonia durou o dia todo, como praticamente a noite toda também, o vento gelado não o incomodava em nada, alias nem o sentia, foi quando em meio a escuridão por causa da tempestade de neve avista um ser sentado em um bloco de gelo a sua frente. O ser levanta aproxima dele, dizendo o Ser Supremo, viu a sua dor, sua agonia por isso estou aqui, tenho em minhas mãos um frasco contendo um elixir que poderá mudar toda a sua vida, mas para isso deverá fazer uma escolha. Terá que escolher em ficar imortal ou voltar a ficar praticamente humano, porque nesta sua escolha você terá que decidir por amor. Se aceitar as condições te passo o frasco agora mesmo. Ele então pergunta o que teria que fazer, o ser falou terá que conquistar o coração da Celeste, não como vampiro, mas sim, como humano, terá que agir como um ser humano se fizer ao contrario será desintegrado. Só que você não saberá se conquistou o coração dela porque vou fechar o coração dela para demonstrar o que realmente sente, terá que fazer sua escolha baseado em seu amor. Isso porque o Ser Supremo quer saber se você é realmente é digno desta chance. Victor estava tão desesperando, que aceitou porque para ele viver neste estado não valia mais a pena. O ser entrega o frasco para ele dizendo você tem dois meses a contar do novo raiar do sol, para fazer sua decisão. É tão verdade o que estou te dizendo que a partir deste novo nascer do sol você poderá sair durante o dia, poderá sentir novamente o calor dele sem se queimar agora volte para casa para esperar o dia nascer. Victor obedece, quando chega lá, vê que Verne esta com cara de preocupação, mais não disse nada porque não podia contar nada, só ficou sentado esperando o sol nascer, quando ele nasceu foi até a janela, abrindo-a Verne já correu para fechar quando fez sinal com a mão para ele parar. Abriu a janela aos poucos colocou uma das mãos no calor do sol, não sentiu sua pele queimar, então a abriu por inteira, em séculos de existência pode sentir o calor gostoso do sol em si. Continua....

Lucimar Alves

Lucimar Alves
Enviado por Lucimar Alves em 20/07/2013
Código do texto: T4396469
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