Primeiro amor...Parte I

Eu tinha 18 anos e acabava de entrar na faculdade, minha vida nunca havia sido muito fácil, trabalhava em casa com meu avô na fabricação de pães e bolos caseiros, morávamos somente eu e ele.

Meus pais morreram quando eu tinha apenas 10 anos e desde então fui criada pelos meus avós, quando tinha 14 anos minha avó faleceu e ficamos somente meu avô e eu.

Desde de pequena sempre fui ensinada a batalhar pelos meus sonhos e nessa busca incessante de entrar numa boa universidades sempre estudei muito, nunca fui como as outras garotas que falavam de passeios, compras, garotos, minha adolescência foi estudar e ajudar meu avô.

Consegui meu primeiro emprego numa gráfica, na parte de almoxarifado. Confesso que no começo não me sai muito bem, mas minha chefe era bem gentil além de ser uma mulher muito bonita e educada.

Trabalhava na gráfica, fazia faculdade e ajudava meu avô em casa. Andava muito cansada todos aqueles afazeres estavam me desgastando.

Um dia não encontrava um tipo de papel que me pediram para uma impressão de ultima hora e com isso fiz com que atrasassem o pedido, fiquei muito mal por conta dessa falha, estava chorando e no fim do expediente quando minha chefe se aproximou e me perguntou o porquê de eu estar chorando, expliquei tudo e contei parte da minha vida.

Uma semana depois estava muito triste e abatida pelo cansaço quando Vitória, minha chefe, desceu ao almoxarifado e me pegou cochilando, pôs as mãos no meu ombro e sentou se ao meu lado para conversarmos.

Ela disse que eu era nova , bonita e inteligente e que precisava fazer bom uso disso tudo, que estava ficando muito abatida e que isso não era bom pra mim nem pro trabalho e os estudos, que eu era jovem e que ainda estava no primeiro ano da faculdade e que não precisava estar com tanto acumulo de tarefas...deu me um conselho, disse pra eu sair me divertir com os amigos, disse a ela que não tinha amigos, ela então me olhou com um olhar interrogativo e disse que isso devia mudar.

Uma semana depois da conversa se passou, então estava subindo as escadas do meu setor quando a vi, Vitória, e meus olhos a acompanhou por alguns minutos quando ela se voltou para traz e percebeu que eu estava lhe olhando e me pergunto se estava havendo algo, completamente sem jeito disse que não, que estava apenas levando uns papéis que me pediram..

Nossa fiquei super sem graça, mas como não admirar uma mulher forte que emana autoridade e que ao mesmo tempo é tão delicada quanto a pétala de uma rosa, assim era Vitória, ela me encantava.

Era sexta -feira, fim de expediente, mais um fim de semana monótono. Estava fechando as portas quando me virei e esbarrei em Vitória que me surpreendeu com um convite, me chamou para sairmos, perguntei se o pessoal da grafia iria, me respondeu que seriamos somente nós duas. Eu aceitei, afinal nunca havia saído para me divertir apenas.

Antes de irmos embora pediu meu endereço para ir me buscar.

Dez da noite e uma buzina toca em frente de casa.....

(continua)

Roberta Krev
Enviado por Roberta Krev em 02/08/2013
Reeditado em 06/08/2013
Código do texto: T4416358
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