Primeiro amor...Parte II

...era ela.

Entrei no carro e fomos. Era uma espécie de barzinho, aconchegante , bonito e agradável tanto quanto a companhia.

Conversamos muito, falamos de varias coisas, passei a saber então que ela já havia sido casada por 5 anos e que não havia dado certo, tinha 32 anos, cultivava orquídeas, gostava de comida chinesa, preferia fragrância amadeirada que doce, que se formou com honras, morava sozinha, preferia vinho branco que ao tinto, no momento não estava namorando...enfim sabia muito sobre ela já que eu já havia lhe falado anteriormente da minha vida.

Nós rimos, falamos, rimos novamente parecíamos velhas amigas ate que em um momento o silencio tomou conta. Enquanto ela saboreava o vinho em goles suaves e seu lábio umedecia olhava me profundamente nos olhos, foram segundos, mas para mim uma eternidade, logo após disse para irmos embora, afinal já eram quase cinco da manhã.

Entramos no carro, mais alguns assuntos e já estávamos na porta da minha casa. Agradeci o passeio, a companhia e disse que havia gostado muito, ela disse que poderíamos repetir e se despediu, não sei se foi da minha cabeça ou da minha carência, mas quando se despediu deu me um beijo na face, mas por breves momentos seus lábios pareciam que queriam tocar os meus, só impressão eu acho, e outra ela havia bebido um pouco a mais de vinho.

A semana começou e no serviço mal nos falávamos era só bom dia, boa tarde e as vezes tchau quando a via indo embora, mas sempre tinha um sorriso sincero entre a gente.

Em casa eu não conseguia parar de pensar nela, era estranho eu não entendia o que estava havendo comigo. Pensava na sua voz, no seu jeito, no seu rosto, no seu sorriso, lembrava o aroma do seu perfume, ainda sentia seus lábios tocarem minha face e me questionava se ela pensava em mim também.

Mas por que esses pensamentos pela minha chefe, ela era mulher e eu também, como podia eu estar pensando tanto assim, pois os pensamentos me tomavam por todo o dia, afinal o que estava acontecendo?

Era mais um fim de semana e eu aguardava a chance de ficar mais uma vez a sós com ela e como num pedido realizado ela me convidou para sairmos, disse que gostava da mi nha companhia, eu aceitei e a noite ela passou da minha casa. Entrei no carro e perguntei se íamos no mesmo local da ultima vez, ela se virou e perguntou se havia algum problema de irmos a sua casa, pois havia aprendido uma receita nova e queria que eu experimentasse e desse minha opinião, na hora me deu um frio na barriga, mas disse que sem problema que podíamos ir, então fomos.

Chegando me deparei com uma casa linda, muito contemporânea, moveis clássicos e tudo muito claro e assim que entrei pude sentir seu cheiro, inconfundível por sinal.

O jantar estava quase pronto e enquanto ela terminava conversávamos sobre Mozart, perguntou mais sobre mim e fomos noite a dentro. Sentamos no sofá para ouvir um pouco de musica, ela com uma taça de vinho e me convenceu a tomar um pouco também, abaixou um pouco mais a musica que já estava baixa, e falamos de planos, sonhos, poesia e amor.

...(continua)

Roberta Krev
Enviado por Roberta Krev em 06/08/2013
Reeditado em 06/08/2013
Código do texto: T4422128
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