“A VIAGEM”
Vania Staggemeier
 
Na mala alguns pensamentos e uma saudade...
A moça com ela leva alguns versos aqueles de amor inacabados...
Tudo pronto bagagem na mão...
 
Vai indo buscar o tempo perdido criar um doce momento...
 Pra escrever o amor derramado naquele poema...
Que o vento levou e ninguém leu...
 
O trem vem chegando à estação onde os sonhos ainda...
Estão embrulhados em papel de padaria...
E sem pressa senhora de si a moça segue a passos largos...
Deixa pra traz alguns poucos amigos e um até breve...
 
Esquece as razões e por um instante pela janela vê um novo mundo...
Paisagem tão linda e ela intacta debruçada naquela janela o vento suave a passar por ela como que fazendo um carinho em seu rosto...
 
Cabelo esvoaçante e Coração saltitante e o trem freio inesperadamente...
Era um forasteiro com um baú tão grande atravessando a linha do trem.
 
E ela pensou depressa o que estaria carregando naquele baú o forasteiro.
Mas uma rosa de seu bolso caiu ficou na linha do trem e logo ela imaginou ele deve ser...
Um forasteiro romântico levando uma rosa a sua musa amada.
 
O tempo passando e o trem na estação fez parada onde o maquinista falou...
Descida a ultima paragem é aqui, não esqueçam suas bagagens.
A moça desceu, o trem partiu e ela sem destino ainda continuava...
 
Até que der repente uma voz ela ouviu virou-se e olhou assustada era um menino
Correndo com uma carta na mão entregou a ela sem nada dizer.
 
A moça sentou e foi ler do que se tratava...
A carta dizia você partiu sem de mim se despedir...
Mas bem antes que você retorne entrego-te este poema a rosa eu já perdi na linha do trem.
 
Ela se lembrou da parada do trem, do forasteiro e sozinha sorria dizendo...
Agora eu me encontrei e derramando lagrimas ela dizia meus versos amarelados, naquele poema que o vento levou e eu imaginei que ninguém leu.

 
Obs.: Por vezes partimos imaginando estar sozinhos, mas em algum lugar alguém presta atenção em nossas ações. Muitas vezes o amor está entre as pessoas mais próximas e nós não prestamos atenção. E assim caminha a humanidade sem prestar a devida atenção nos sinais.

Obrigado pela visita!
Faz muito tempo que eu já não escrevia contos.
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