O Soneto e sua Poetrix

"Amor

Não é dor

É cor."

Tomando a sua terceira xícara de chá, comendo os insaciáveis quadradinhos de chocolate ela olhava para aquela folha de papel...

"Todos tem um lugar para chamar de seu

Determinado pelo destino, não sei

Tudo mudou quando invadiu o meu

Revirando meus valores, te duvidei.

Direta como é, logo me chamou de teu

Aqueceu meu lar, meu viver, assim pensei

Mesmo chamando minha casa de museu

Seu desprendimento, simplesmente te amei.

Sucinta, sem vergonha se mostrou, viajei

Hermético e tradicional...como me leu

Tão diferentes, mas no amor confiei

Minhas sílabas, minhas métricas... sou eu

Conto meus versos, e minhas rimas te dei

Preconceitos à parte, seu mundo é o meu."

Ela pega a folha, dá uma cheirada, um beijo e sai correndo para encontrar com o seu amor. Que se lixassem aqueles que nem a consideravam poesia. O seu Soneto, aquele pomposo, amigo de Chagas Neto, Bilac, Shakespeare e de mais meio mundo, a amava e isso, por enquanto, bastava.

"O amor

Não tem sentido

É sentido."

;)

lilla wood
Enviado por lilla wood em 28/08/2013
Reeditado em 29/08/2013
Código do texto: T4455820
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