Saudades eternas do meu amor que nem a morte conseguiu separar...

O meu corpo me denuncia, estou, velho meu olhar agora refletido no espelho, me diz a todo momento, que se passaram os anos, e com eles vieram as tão indesejáveis rugas.

Sei que assim, como o rio que passa,

não há mas como voltar para traz.

Não a mais a menor duvida, estou velho e fraco, e já colhi muitas primaveras nesta vida.

Cheguei numa fase da vida em que só sirvo para dar trabalho aos outros,

O tempo levou consigo todo frescor de minha juventude;

Vivo agora doente, caminhando com certa dificuldade, devido a minha idade, dependente cada vez mas de anti-hipertensivo, antidepressivos, e drogas para me fazer dormir, e continuar a viver.

Quem eu mais amava nesta vida

Foi embora, a minha querida esposa.

Passamos 52 anos juntos e vivíamos como um lindo casal de namorados.

Eu um pouco mais velho, ela mais jovem e linda, tínhamos muitos sonhos ainda pela frente, e vivíamos bem humorados, minha esposa era uma entusiasta pela vida, porém não a quem possa, contra os desígnios de Deus, que a chamou para morar com ele;

Fiquei muito triste, e me sentindo só;

Mas conformado por ela estar em paz com Deus.

Não vislumbro, muita expectativa agora da vida, sei que o meu desaparecimento, será lento e gradual.

Agradeço a Deus, aos meus filhos, netos, meus amigos, e ao membro mais novo de nossa família, meu querido e lindo bisnetinho, mas é que tenho pressa. quero encontrar logo meu amor.

Ubaldo Jesus
Enviado por Ubaldo Jesus em 10/09/2013
Reeditado em 24/05/2015
Código do texto: T4474946
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