Novamente o fim

Tudo estava terminando, aquele encontro com certeza era para ser o fim. Quando que o relacionamento acaba mesmo? Seu coração não sabia responder a essa pergunta, só sabia que não tinha mais o apoio do mar nesse romance, que enfim, teria de aceitar que foi só mais uma história, desculpe, a história.

Aquele som perto do ouvido a deixava arrepiada. Bonito tom! Soava como se fosse uma música que a deixava radiante e tranquila, pois sabia que ele ainda estava ali. O toque a despertava com tanta suavidade e carinho. Como é bom sentir isso! Ela ficava perplexa com o que sentia, era algo desconhecido, algo que não estava no seu campo de consciência. Querer entender aquilo era a mesma coisa que entender a vida.

Não precisava das flores quando estava com ele. Não havia melhor fragrância do que a dele. Cheiro que impregnava. Ficara tempo em seu olfato, como se fizesse parte das narinas. E esse aroma gostoso de novo me embriagava. Que perfume! Que cheiro! Único para mim e é só para mim. Foi.

Macios eram os seus lábios. As bocas se movimentavam como a sinfonia, em que tudo que havia ao redor estava esquecido, apagado da memória. Aqueles lábios faziam movimentar toda a parte da anatomia humana, o coração estremecia e a mente, ah, estava unida ao órgão do peito. Sangrava, Sangrava, Sangue vermelho em toda a articulação, Pulsando, Amando-o a cada momento que podia quando estavam juntos, longe. Meus lábios, Seus lábios, Nossos lábios. Foram os lábios.

Não consigo te olhar, me enfraquece... A imagem estava marcada nas retinas dos seus olhos. Como apagar isso? É importante para mim, preciso ver, preciso olhar. Imagem, olhar, alma, coração, amor... o que ela não pensava.

Só, só, só, sinto-me só. Partiu, foi-se. Deixei. Não busquei. Deixei. O tempo acabou, ele não parou. Tarde, é tarde. Que venha o pôr-do-sol, preciso do brilho, preciso me queimar por fora, isso já aconteceu por dentro. Agora está frio. Te amo, Não amo, Sim, amo, não devo. Devo?

O que tinha de muito, acabou. O que quis, calou. Novamente o fim...

14/09/2013

Angélica Lago
Enviado por Angélica Lago em 14/09/2013
Reeditado em 13/12/2020
Código do texto: T4481666
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