A rosa amarela

A rosa amarela estava na mesa. Era a preferida dela por causa do cheiro e a sua cor forte.

Quando ela chegou em casa, estava lá, a rosa a esperar nas mãos suaves que tocara as suas singelas curvas. Não sabia que ia me fazer essa surpresa! Recebo neste momento dois presentes: a rosa desejada e com ela o homem que amo. Boba, sorriu e seus lábios rosados e abertos devido a cena tocaram os lábios do amado.

O tempo passava devagar, ouvia-se o relógio tilintar, a suave brisa passar pelos corpos quentes presentes na sala e o aroma da rosa amarela. A felicidade plena! O mundo podia acabar naquele exato momento! Estavam felizes por estarem fazendo o que mais amavam, se amando.

Eterno, diria que aquele momento era eterno, pois nada podia fazer com que eles se esquecessem daquele instante. Nada irá mudar o que sinto por você. Nada...

A rosa amarela caiu das suas mãos, foi pisada pelos pés daquele que carregou nas mãos, das quais tocaram suas curvas singelas. Fora manchada. A rosa amarela estava manchada de pisadas de pés. Não era mais só amarela. A rosa ficou com a cor desbotada e ali apareceram os espinhos. Eles ficaram mais visíveis.

Ela pisou na rosa amarela sem querer, sentiu o espinho furar o seu peito. Pegou-a na mão e foi espetada mais uma vez e, espetou. Por que deixamos ir embora o que nos tornou forte?

Não estava mais na mesa a rosa amarela. Ele não estava a esperar com a rosa amarela nas mãos. Entrava ela na sala, sozinha. Ela estava sozinha, sem a desejada e sem o amado amado.

Sozinha, sem a rosa amarela.

Angélica Lago
Enviado por Angélica Lago em 15/11/2013
Reeditado em 15/11/2013
Código do texto: T4571317
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