**Meu Ciume... Meu Pecado.**

Rolando a noite toda pela cama vazia, fria e solitária.

O sono entrecortado pelos pesadelos.

Em meu sonho, vejo aquele sorriso que tanto me encantou se desvanecer.

Seu rosto se torna sério e abruptamente, ele sai correndo.

Saio correndo em seu encalço, porém, quanto mais corro, mais ele se distancia, até que as minhas pernas fraquejam, a minha respiração começa a faltar e então grito o seu nome.

Grito com toda a força dos meus pulmões, mas, sua figura desaparece no horizonte.

Nesta hora acordo e vem aquela dor no peito que me faz chorar.

A verdade é que, ele se foi.

Foi para não mais voltar.

Eu o tive em minhas mãos, dentro do meu coração e talvez, por ama-lo demais, acabei por perdê-lo.

Ele era tudo o que eu mais queria e me surpreendia toda vez que o encontrava.

Um homem maduro, de postura elegante, galanteador, romântico e bem humorado, entretanto, rígido quanto aos seus princípios e a sua maneira diferente de ver a realidade.

Fui me acostumando com as novidades tão envolventes, me deliciando com a forma alegre de tratar a todos, com a determinação em resolver todo e qualquer contratempo e principalmente, pela forma como me tratava.

Me sentia pequenina em seus braços fortes.

Me sentia protegida e acima de tudo, amada.

Ele era tudo de bom, mesmo com alguns rompantes de fúria controlada, onde discordávamos algumas vezes e nem por isso, me enraivecia, ao contrário, me deslumbrava com a força do seu caráter.

Fui me apaixonando cada vez mais, me entregando sem medo a esta relação e por fim, passei a ama-lo desesperadamente.

Ele era intenso em tudo o que fazia, despertando a atenção das outras solteiras de plantão, porém, nunca me dera motivos para desconfianças, mas, o meu irrequieto ciúme começou a atrapalhar.

Na primeira briga por ciúme, vi o seu rosto se transformar e o seu silêncio chegou a me amedrontar.

Procurei me controlar, mas, o medo de perdê-lo me deixava maluca e novamente me descontrolei, falando coisas absurdas, algumas delas, frutos da minha fértil imaginação e mais uma vez nos desentendemos.

Ele esperou o momento oportuno e então falou seriamente sobre brigas e ciúmes e deu o ultimatum a respeito de uma nova discussão.

Não aceitaria mais as minhas crises de ciúmes e demonstrações de desconfiança.

Um calafrio percorreu a minha espinha ao escutar aquela voz pausada, com aquele olhar penetrante e senti naquele momento, que cumpriria a fio, a sua promessa.

Tivemos um longo período de paz e tranquilidade, até que, uma jovem deslumbrante começou a jogar seu charme para cima dele e então, mais uma vez me perdi.

Enfrentei a piriguete em um bate boca terrível, enquanto ele tentava me acalmar, mas, a raiva tirou-me a razão.

Ela se deu por vencida, soltando uma série de palavrões afastou-se e só então, percebi a gravidade da minha atitude.

Ao encara-lo, vi em sua expressão, um misto de tristeza, indignação e decepção.

Naquele momento pressenti o fim da nossa relação e as lagrimas brotaram em meus olhos.

Ele baixou a cabeça e sem dizer uma única palavra, virou-me as costas e se foi.

Este meu ciúme doentio pôs a perder o romance que tanto sonhei.

Sonhei tanto com um grande amor e quando o tive em minhas mãos, deixei-o escapar.

Um sonho que se tornou real e eu estraguei tudo.

O sonho mais lindo que se transformou em pesadelo e lagrimas.

Meu ciúme... Meu pecado... Meu sofrer.

Camaro CMRS
Enviado por Camaro CMRS em 16/02/2014
Reeditado em 11/03/2014
Código do texto: T4693055
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