Amor à primeira vista

Ela tinha o genuflexório como seu suporte diário, seu par de joelhos já se acostumara a viver em penitencia e oração, pedindo a Deus para encontrar uma pessoa. Pedia um homem de Deus em sua vida.

Quando Henrique chegou à cidade de Douradina, ela jamais imaginava que aquele seria o seu grande amor.

Assim era a vida de Clara, de casa para a igreja e vice-versa quando não estava trabalhando. Trabalhava como secretária em uma escola, almejava ser professora de Geografia, por isso pretendia estudar em Dourados, na universidade estadual ou federal, não fazia cursinho ou coisas do tipo, estudava em casa, era uma autodidata, lia muito e realizava pesquisas online.

Henrique era um jovem de boa aparência, quando chegou de São Caetano do Sul, no ABC Paulista para morar naquela pequena cidade de Mato Grosso do Sul, chamou a atenção de muitas garotas no local.

Seus pais quiseram mudar para uma cidade interiorana porque haviam se aposentado e queriam mais tranquilidade, além de tocarem algum negócio.

Henrique passou em frente da igreja matriz da cidade e entrando lá se deparou com uma linda jovem de joelhos rezando com seus olhos fixos no altar. Ela fez o sinal da cruz, levantou-se e seus olhos se cruzaram com os de Henrique. Naquele momento seus corações bateram fortemente e o inevitável aconteceu, foi amor à primeira vista.

- Olá, eu me chamo Henrique, sou novo na cidade, qual é o seu nome?

- Eu me chamo Clara!

- Prazer em conhecê-la, Clara, eu não pude deixar de notá-la, você parece ser uma garota de muita fé!

- Todos os dias eu venho aqui para pedir a Deus que me envie o homem certo para mim! Como você se chama mesmo?

- Eu me chamo Henrique, eu acho que logo, logo Deus ouvirá suas preces, também estou aqui para pedir que Ele me envie a mulher certa.

Quando Henrique disse aquilo, a face de Clara avermelhou-se e ambos sentiram os corações baterem ainda mais forte. E pensaram que se os dois estavam ali pelo mesmo propósito e tinham se encontrado, só poderia ser um sinal que ambos haviam achado o que estavam procurando!

Clara e Henrique saíram da igreja, trocaram números de celular e combinaram de se encontrar em uma lanchonete da Avenida Presidente Dutra.

Depois de se desfrutarem de deliciosos lanches e tomarem deliciosos sundaes, o casal resolveu ir até a praça para conversarem melhor e assim puderam se conhecer mais.

Henrique depois de uns minutos de silêncio enquanto olhava para o céu disse:

- Veja a estrela Dalva, que linda ela é! Mas não tão bela quanto você, Clara e o brilho dela não chega nem perto do seu!

- Que lindo, ninguém nunca tinha me dito algo semelhante!

- Deus nos colocou diante um do outro no momento em que pretendíamos fazer um propósito com Ele para que conseguíssemos ter uma companhia! Não acha que isto pode ser um sinal, Clara?

- Você está certo, nada é por acaso, é tudo planejado por Deus!

E assim deram o primeiro beijo, beijaram-se intensamente e ficaram namorando na Praça Ana Rosa da Silva, por um tempo.

Foram para casa prometendo se encontrarem no dia seguinte.

O local de encontro no outro dia foi a mesma igreja onde haviam se conhecido, deram as mãos e caminharam pela avenida principal da cidade indo em direção à casa de Clara. O rapaz foi muito bem recebido pelos pais dela, Seu Wilson e Dona Elza.

Almoçaram juntos tendo como prato principal um delicioso frango caipira assado preparado pelas mulheres da casa, Clara e Dona Elza.

Depois de passarem a tarde, foram para a casa do rapaz e Clara foi muito bem recebida pela mãe de Henrique, Dona Franciele:

- Como você é linda! Com esta pele clara, estes cabelos e olhos castanhos claros, não é à toa que teus pais te puseram este nome! – disse a simpaticíssima senhora.

- Obrigada, quanta gentileza! – disse Clara sorrindo.

Seu Antônio José, o pai de Henrique estava trabalhando num comércio que tinha em Bocajá, distrito de Douradina e às vezes ia também para o distrito de Cruzaltina onde tinha outro ponto de comércio.

Depois de meia hora, seu Antônio chegou e também recebeu muito bem sua futura nora.

Ambos jantaram tendo como pratos principais lasanha e pizza preparadas por Dona Franciele e por Clara, mostrando ao namorado e a família dele que era muito prendada. Provando que era cozinheira de mão cheia tal como sua futura sogra.

E assim começou uma perfeita história que foi amor à primeira vista, mas que não seria mera ilusão, mas algo que duraria para sempre!

Cadu Lima Santos
Enviado por Cadu Lima Santos em 27/03/2014
Reeditado em 28/03/2014
Código do texto: T4746127
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