Flores Amarelas

"Eu poderia estar com meus pés enfiados naquela areia amarela, e ouvindo o balbuciar do mar. Mas, tudo o que contemplava ao meu redor era um céu num tom azul quase cinza, e flores amarelas ao chão. Estava com tanto frio, mesmo com toda aquela roupa por cima, e para completar toda minha infelicidade, começou a chover. Logo quando estava a devanear com um dia quente de verão, enquanto estava sentada no banco daquela pequena praça. As gotas grossas iam perfurando meus ombros, e lembrei-me que estava sem guarda-chuva. O frio invadiu não só meu corpo, como meu coração. Estava tão mal na vida. Meu trabalho estava uma tremenda porcaria. Precisava de uma ajuda. Até que ela veio, num tecido cor preto, sabe? 1,80 de altura, cabelos loiros e olhos azuis. Vestia um sobretudo marrom. Com seu guarda-chuva aberto, convidou-me para ficar perto. O que me deixou assustada. Mas, vendo a calma e a paz que seu rosto transmitia, levantei-me e andei com ele até chegar onde devia. Enquanto caminhávamos, senti meu coração adormecer em algo quente e macio. E não só isso - o rapaz fazia questão de me embalar e de não deixar uma gota sequer encostar em mim.

Foi algo breve, admito. Passei tardes e tardes pensando naquelas flores amareladas que no faziam companhia. E, no belo sorriso do rapaz. E, eu nem sei seu nome..."

Dama William Dante
Enviado por Dama William Dante em 06/04/2014
Reeditado em 08/04/2014
Código do texto: T4759134
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