O último Poema.
Triste a sina de quem ama
pobres corações dilacerados
de sentimentos ocultados
e outros tão berrados ao vento
vejam a rosa na redoma de vidro
a princesinha imaculada
educada,castra, em três idiomas
alfabetizada
disciplinada para falar baixo, para
abaixar a cabeça, que coisa triste
Em seu castelo como uma senhora feudal
ser diferente sempre me fez mal
Para completar chega um príncipe mauritânio
de pele branca,nariz empinado, Brasão estampado
E minha redoma se fechou mais ainda
mas de repente a redoma rachou
eu vi um guerreiro de uma tribo distante
sujo de sangue, sangue que a vida sofrida
próprio o pintou
e a rosa ficou fascinada pela aquela imagem
misteriosa e intrigante
e a rosa ficou toda orvalhada diante do
guerreiro
-desculpe foi sem querer, ele falou
e a rosa tão fácil exclamou:
- está desculpado meu amor
e quando o guerreiro tomou a pequena flor
orvalhada e vermelha, a rosa desabrochou
e numa bela mulher se transformou
e o guerreiro partiu pois sua missão cumpriu