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O Bárbaro

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Lança em punho, sangue escorrendo, pingando pelos fios afiados da seta de sua arma escorrendo até seus dedos o liquido carmim das vísceras dos inimigos. Agora frente a frente Eu e a Bruxa, olhos fixos não vacilo, deponho a lança no solo musguento daquele calabouço, arranco a espada da bainha, todos os meus nervos estão tesos, todos os meus sentidos em guarda, entro por um beco que vai ficando cada fez mais limpo, mais perfumado, mas iluminado e um cheiro de rosas frescas invade meu ser. Não vejo uma Bruxa de roupas pretas sujas, nem capuz horrendo com cheiro de enxofre, muito menos um caldeirão fumegante de crânios. Lá está ela - A Bruxa, desliza suavemente seu corpo esbelto em uma tina espumante de água que exala o perfume dos desejos. Ela levanta lentamente enquanto vai cobrindo seu corpo com um delicado pano sedoso e carmim. Olha-me, fixamente. Mede meus passos, meus músculos, meus pensamentos. Teu olhar me desarma, teu cheiro me entorpece, tua boca me embriaga. Não tenho palavras, sinto-me possuído por um êxtase de bem estar. Já me vejo sem lança, sem espada, sem elmo, já estou a mercê desta enigmática figura, que com seus dedos finos, suaves e delicados me conduz à mais gloriosa de todas as vitórias, o beijo que é dado sem ser pedido, sem a força das magias forçadas. O beijo da entrega de dois seres sedentos de amor e desejos. Assim, me vi vencido pela Bruxa, que não usou nenhum feitiço a não ser o desejo de ser amada e amar incondicionalmente. Assim se uniu a Bruxa e o Bárbaro"".

Escrito pelo Bárbaro Menellau.

 
Morgana Mi
Enviado por Morgana Mi em 15/05/2014
Reeditado em 16/05/2014
Código do texto: T4807886
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