A calçada

Para um carro, a porta do motorista se abre. Desce dali com muito charme e elegância uma bela mulher. Do outro lado da rua um rapaz observa atento a cada gesto daquela que sempre o encantou. Não se contém atravessa a rua correndo e de repente um som, um choque e ele é arremessado junto à calçada quase que aos pés daquela bela mulher. Ela entra em desespero e ajoelha-se pedindo socorro aos que passam. Por uns segundos observa os olhos que a contempla com doçura e vê mesmo em meio a dores terríveis o sorriso de alegria naquele rosto e pergunta:

- porque sorrias se acabas de sofrer um grave acidente?

Embora entre dores tremendas ele diz em tom baixo:

Sou teu servo minha amada, minha doce rainha. Eu, por fim, no fim, te encontrei. Eu por fim, sem fim te amarei!

E assim ele fecha os olhos, respira calmamente e parte tranquilamente para o outro mundo.

Na calçada a sua rainha entende naquele triste instante os por quês e pedi aos céus para trazê-lo mais uma vez. Ela retira das mãos dele uma pasta azul a qual ele apesar da gravidade do acidente não desgrudou. E ao abrir estava entre outros escritos o seguinte: (o amor só é divino quando você está comigo. Hoje continuo louco mais te amando com sofreguidão. Guardo-te em amor, minha rainha, dentro do meu coração.).

Olhando aquele corpo inerte ela teve a certeza que o único momento de sanidade era quando ele nela pensava e quando para ela escrevia. Chorou tendo a certeza que foi por ele muito amada e que agora mais do que antes eles estariam juntos em sonho onde ele amava está e onde ele vivia em paz. Uma chuva pesada começa a cair e junto vai escoando as lagrimas da sua doce rainha...

Mdc santos
Enviado por Mdc santos em 18/11/2014
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