Um dia calmo no tempo de nós dois.
Amanheceu aquele dia calmo e bem nublado. Nos banhamos juntos, sorrindo, brincando. A paisagem nos envolvia, emoldurando confissões de amor. O sabor do café, naquele beijo terno e sutil, trazia os melhores pensamentos da noite intensa de suores e tremores ávidos e loucos de desejos. Teu beijo que não esqueço. Enlouqueço de pensá-lo tão meu, e de todo teu.
A roupa branca sobre tua pele morena, em contraste com o verde do bosque ao fundo, imprimia a fotografia da beleza perfeita. Linda em pertencimentos nossos. Nossos corações pertencentes a dois. Nós dois.
A montanha nos debruçava sobre o mar azul. Por ela percorremos caminhos verdes e suaves, até as águas mornas fervilhantes de tartarugas felizes e festivas que nos receberam em sua alegria. O mergulho e o sol. O brilho do teu olhar feliz e o corpo molhado a pedir colo, se aconchegando ao meu. O tempo parou. Silenciaram, todos os sons. Apenas nossos corações falavam, num compasso suave de devotamento ao amor. Nosso amor. Nosso momento eterno. Nosso mais intenso silêncio a nos dizer o melhor de nós dois. E te desenhei na mente e esculpi no meu coração. Que é teu!
Nos demos as mãos e seguimos o mar. E as tartarugas. E as borboletas e gaivotas, e todas as flores que se abriram para nós. E seguimos o dia até o cair da noite, que também seguimos até o cair do sono, nosso sono. E foi quando debrucei no teu peito e nos envolvemos no repouso profundo dos nossos corpos, juntos a descansar no cultivo do mais puro amor, no tempo de nós dois.