AMOR NA ADOLESCÊNCIA

...quando de repente a professora proclama seu nome, Kelly. Acordou de meu profundo sono das tardes quentes de uma sala de aula em escolas públicas. Os olhos enfadonhos procuravam por ela... de canto a canto da sala.

Todas as tardes eram formadas por momentos encantatórios, numa turma mágica, como nunca antes. Havia naquela sala um movimento de poesia, fantasia e magia que não havia em outra da escola. Todas as tardes encontra-la, kelly, era sentir o sol surgir, mesmo quando ele não aparecia.

... lá estava ela, ao lado de sua amiga e de seus amigos e eu ali distante, amante daqueles óculos fundo de garrafa, daquela pele morena... daquele corpo magro, sem malícia e nem sensualidade.

Aos poucos aquela menina simples e magra ia seduzindo meus amigos. E eu ia sempre os ajudando a conquistá-la e, com um pseudônimo, enviava-lhes recadinhos no papelão de uma caixa de fósforos. Ah, como era um bobo encanto de rir-se de si mesmo! Eu havia passado séculos maquinando coisas em estado de autohipinose, transcendente... bobo!

Jogar baleada ao seu lado na educação física era simplesmente para ser baleado por ela, bobo, encantado e privilegiado, como se tivéssemos nascido para nos amar,,,,, como se já viéssemos de outras vidas, sempre nos amando. Ela nunca faltava. Estava sempre lá com aquele mesmo shortinho marrom, com faixas brancas ao lado e, as pernas, ah, as pernas! Magras, nada sensuais, mais encantadoras....

Até que um belo dia, comecei a levá-la para casa e, em cada passo dado parecia estar experimentando a eternidade. Abraçado com ela como se estivesse abraçando Deus, sentido o seu cheiro como se estivesse respirando o cheiro do cosmos... inexplicável...

Meu nome? Help.

A vida ficou mais triste quando o fim de ano chegou e não nos vimos mais, até que um belo dia de São João, numa bela quadrilha, eu a vi. Tudo aquilo era poesia. Tudo tinha um significado... tudo tinha Deus. Suas palavras me estremeciam...

Fora a última vez que a vira... sumira no vão do tempo.................. e eu nunca mais fui o mesmo... nunca mais amei da mesma maneira...

Depois de quinze anos nos esbarramos numa esquina qualquer da cidade de Campina grande e... houve no olhar uma lembrança do que poderia ter sido, mas não foi. Minhas últimas palavras para seu olhar foi “eu te amo aos quinze anos de idade... eu te amo no tempo, num recorte da eternidade, sim, lá... ninguém tomará o teu lugar. Naquele momento, eu e você estamos felizes, entre flores infantis, juvenis, a cada passo dado ao seu lado. lá sempre te amarei”. HELP

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