Paixão ou amor...?
Capitulo I
__ Marinheiro, o que está acontecendo?
O marinheiro não responde, cala-se diante da fúria de uma paixão e ao mesmo tempo enlouquece outros corações. Não é apenas capricho de alguém que se esconde de si mesmo, tudo parece ter sentido. O marinheiro se distancia para buscar uma resposta, aos gritos e enfurecido... de quem é a culpa. Repete ao vento.
__ Sou inocente! Sou inocente! Não quero a paixão de apenas uma, o meu coração está inquieto e não sei por quem me despeço.
__ Preciso de sentidos, nesses contidos e insanos pensamentos que enlouquece e desgoverna minha mente.
Ao amanhecer a viagem precisa prosseguir e o marinheiro partir, entre suspiros e lamentos ele se põe a ir, seus passos são lentos e parecem não ter suas pernas a obedecer. Ele sente que algo está errado, não pode partir sem antes se despedir e diante da impossibilidade de caminhar, indaga por suas próprias inquietações.
__ O que explica tamanha dificuldade em poder correr para os braços de uma paixão?
__ Mas, não é uma paixão, e sim! Falta de decisão.
O marinheiro não entende que está acometido de suas próprias fraquezas, estas que entram em colapso quando se tenta encontrar uma explicação.
As horas passam, o marinheiro encontra forças para seguir adiante e deixar para trás, sem procurar saber, o que está para acontecer. A viagem é longa podendo ser tenebrosa, fria e de acontecimentos imprevisíveis, no entanto atém-se a olhar para frente e acreditar que as inquietações ficaram para trás.
___ Não levo malquerença, nem ao menos indiferença. Eu preciso esquecer e por nada me arrepender.
O marinheiro entra no barco e vai ao seu dormitório, quando sua pequena bagagem é desfeita as lágrimas não são contidas e um choro preso deixa apenas ofuscar seus olhos molhando seu rosto, neste instante ele recosta sua cabeça no travesseiro e adormece. Seus soluços ficaram retidos na garganta e então o marinheiro entra em sono profundo, como se sua mente e seu corpo estivessem desprovidos de toda força possível.