A vida e a morte, Eternas.

Duas almas que se amavam no mundo perfeito, as únicas almas que demonstraram um amor como seres absolutos, foram renascidos como os primeiros pássaros.

A alma fêmea, traria amor e sentimentos de possessão, um dos deuses a transformou num pombo branco, símbolo primitivo da liberdade, amor e fraternidade. Um pássaro puro e simpático, idolatrado e usado por todos como símbolo de paz.

A alma macho, odiado e explosivo, trazia o calor da amizade e companheirismo. Fora amaldiçoado pelo deus que era egoísta e odioso por encantar quem não deveria. Transformado em um corvo negro, símbolo de maldições, desgraças e azar. Apenas juntava coisas ruins, amado por elas, assim como as bruxas.

O corvo sempre tentou matar o pombo, para que sua morte seja voltada a sua reencarnação. Porém não poderiam ascender ao mundo perfeito novamente. A vida, Lifines, acolheu o pombo de longe dos outros Deuses, viu sua pureza como divina e a conservou imortal. O corvo, ressentido e temido, desprezado por todos, derramou lágrimas de sangue, tornando seus olhos em pura cor carmesim. Um ato de amor, se juntando a sua amada. Ambos foram presentes da vida para a morte, Cordinnes. Foi o primeiro símbolo de seus amores.

Todos e tudo vivem. Tudo que Lifines entrega a Cordinnes, são presentes mortais, conservados perante a morte.

Eis a paixão,

A vida a presenteia incontáveis vezes,

E a morte faz questão de guardar para sempre.