Não é mais sobre você

Então, eu finalmente descobri... Descobri e entendi o segredo, e agora concordo com ele. Já havia o lido diversas vezes, e em todas elas discordava. Isso porque eu não queria deixar ir. Queria prender, manter, sufocar, isolar. Queria só pra mim e do meu jeito, não aceitando nenhuma outra alternativa. Mas a questão era que a escolha não era minha, nunca foi. Tomaram a decisão por mim e eu tive que sofrê-la, aceitá-la, sentir a dor que ela causava. E eu senti, como senti! A primeira vez que o coração é partido dói mais, né? E como é a primeira vez, a gente não sabe que vai passar, a gente acha que a dor chegou pra não mais ir embora. Mas, veja só... Passou! A dor curou! Meu coração está muito bem, obrigada! E então, entendi... Temos de deixar ir quem quer, não se pode segurar o que não quer ficar. Só assim vagaremos espaço para algo melhor chegar. E chega! Ah se chega... E o segredo é que não podemos esperar para o melhor chegar. Só chegará quando não o estivermos esperando, chegará quando menos imaginarmos. Há coisas boas que chegarão para ficar, assim como coisas boas que chegarão e partirão na mesma velocidade com a qual chegaram. Mas, veja bem, só porque se foi rápido, não quer dizer que tenha sido ruim. Muitas vezes, a coisa boa que se vai rápido, foi-se tão rápido que nem deu tempo de deixar algo ruim, veio como coisa boa, se foi como coisa boa e só deixou coisas e lembranças boas, valendo tão à pena quanto a coisa que chegou para ficar, às vezes até mais. Agora que descobri o segredo estou tão leve. Finalmente deixei o ruim ir e já fui surpreendida por uma coisa boa (maravilhosa!) passageira. Chegou, me trouxe felicidade, e se foi. E essa rápida passagem deixou-me feliz, leve e finalmente acreditando e concordando com o segredo: quando menos esperarmos, as coisas boas chegam (e elas sempre chegam, pode acreditar!), o segredo é não esperar.