TELA DO AMOR
Eram quatro mãos que escreviam em concordância das letras em excelência... Há o sol estava reluzente e as flores perfumavam com harmonia o calor que as esquentava, enquanto um casal apaixonado, comemorava o aniversário de João que beijava intensamente seu amor Clarice. A natureza enfeitava o cenário que respondia com desejo e fogo, ao prazer das mãos. Vestia um vestido longo que o insinuava com olhos vivos de desejos a cada balanço, cabelos longos pretos e um belo chapéu que segurava com as belas mãos... João agarrava sua cintura fina, mas parecia um violão e isso o deixava voraz. Belo homem de 1,80, cabelo grisalho, uma bela boca e bem assediado... Relembrando como se conheceram dando boas gargalhadas, conheceram pela internet, mas amava intensamente, a distancia era o complemento para a saudade que os unia a cada dia. Foi uma bela surpresa que Clarice fez a João em outro país para comemorar seu aniversário... Disse:
-Surpreso em me vê?
-Imaginei que viria, com os olhos brilhantes e envolventes, extremamente sedutor e charmoso... Agarrou-a com um beijo suspirando com ah, a saudade!
-Eu tenho tanto medo de perder você!
-Quando fecho meus olhos, sobe um arrepio, abraça-me.
De mãos dadas seus corpos buscavam outra forma para o prazer que ambos desejavam, os raios de Sol que molhava-os, ia findando o dia, impor-se na escuridão dos céus para uma intimidade maior e voraz...
-Pronto! Está decidido! Disse ele todo sorridente.
Tímida perguntou:
- Aonde vamos? O que decidiu?
Repetia para si entre dentes
-Pintá-la no cantar de dois pássaros em só coração, o amor à perfeição.
Dirigiu-se para sua casa, movimentada a rua, pintarei o amor! Dizia, abrindo a porta e subindo as escadas que conduzia ao ninho, beijando-a com suavidade, o vestido descia em sorriso nervoso e uma taça de vinho a espera, era formosa e ele a sua frente brincava com sedução, conduzindo-a, desenhou os movimentos, os beijos, o fogo, a entrega e a evolução dos pássaros a construir um ninho... Manteve-se agarrado, era perfeito e encantador, uma voz fascinante!
Tomou um banho, vestiu-se e a beijou... Sorriu com um café da manhã, mas o dia ficou cinzento e seu semblante entristeceu, correu e abraçou-o em lágrimas e apertos, acariciando-o com sede de amá-lo e ali se entregaram outra vez com mais intensidade e prazer, tenho que ir... Batalha vencida pela noite, foi só um sonho, talvez possa acontecer, João e Clarice vive um amor sem se conhecer. Mas o amor é verdadeiro que os faz permanecer.
-Te amo sem o pintor saber, disse Clarice
-Pinte-me, pois pertenço a você!
Era ele o pintor que pintava as noites mais quentes e vividas.
Amo te!
Jey Lima Valadares**Itagibá**15:07**25-02-2016