Noah Flint

Capítulo 8 – Steve William Martin
 
Quatro dias depois
 
   Olívia me contou que seu irmão viria passar dois dias conosco. Perguntei o básico para saber o que falar ou não para ele.
-Bem, meu irmão tem vinte e cinco anos e é um pouco convencional, é formado em matemática e adora usar chapéus. Branco de cabelos negros e olhos verdes.
-Uau, deve fazer sucesso entre as garotas. – respondi.
-O nome ajuda um pouco. Steve William Martin.
-Isso é apenas um nome? O meu é tão simples.
-Sim, já descobriu meu sobrenome agora.
-Prazer senhorita Martin. – me coloquei de joelhos.
-Encantada senhor...
-Flint! – respondi antes que ela perguntasse.
-Flint? É interessante. – prosseguiu.
   Encontrei-me com Barton na cada dos meus tios. Ele já parecia bem mais animado, minha tia, Hillary, preparou um almoço para nós. Mas eu não queria ficar, precisava ir trabalhar.
-Obrigado, mas passei apenas para ver como Barton estava, podemos marcar algo para o fim de semana.
-Um bom churrasco! – meu tio Antony anunciará.
-Ótimo. Posso trazer dois convidados? – perguntei.
-Claro. – respondeu ele.
-Obrigado, até domingo.
   O que acontece na verdade é que precisava encontrar-me com o dono do jornal local, Oliver Thompson, um senhor gentil e amigável. Havia feito algumas entregas recentemente para ele, mas por algumas baixas nos assinantes, acabei demitido.
-Olá Noah, é um prazer revê-lo. – anunciou Oliver.
-Bom dia Senhor Thompson. Sua secretária me ligou hoje cedo, me disse que você queria conversar comigo. – respondi.
-Acontece Noah, que nosso colunista, Wilson, foi para Boston e nos deixou na mão. E Anna me contou que você mostrava para ela algumas cartas que escrevia antigamente para sua namorada.
-Sim, mas o que uma coisa tem a ver com a outra? – perguntei.
-Você tem talento, queria lhe propor um acordo. Podemos criar uma coluna com algum pequeno conto romântico, caso não dê certo, você pode escrever sobre a economia como o Wilson fazia.
-Isto é sério? – não estava acreditando na oferta.
-Sim, lhe dou dois dias, o que acha? E um adiantamento de duzentos dólares. – ele tirou do bolso um envelope do bolso e me entregou. – Boa sorte Noah. – completou.
   Cheguei em casa muito feliz e abracei Olívia, ela já estava se preparando para voltar ao trabalho.
-O que houve? – perguntou.
-O Senhor Thompson do jornal Morristown Day me ofereceu uma coluna.
-Sobre o que?
-Um conto romântico, ou se não der certo, posso escrever sobre a economia.
-Você nunca me contou que gostava de escrever. – ela me olhava com tom de descontentamento.
-Na verdade eram antigas cartas do meu primeiro namoro. – respondi. – Que horas seu irmão vai chegar? – completei.
-As oito, vamos sair está noite, o que acha?
-Por mim tudo bem, ah, meus tios convidaram para almoçarmos lá no domingo. Falei que levaria dois convidados.
-Por que quer me meter entre a sua família?
-Você mora comigo, gosto de você, queria que eles a conhecessem. – olhei para baixo ao perceber que ela não estava gostando da ideia.
-Bom, a questão é que eu não considero isso certo. Mas tudo bem, vamos.
-Mesmo?
-Sim.

 
Johan Henryque
Enviado por Johan Henryque em 21/06/2016
Reeditado em 22/09/2016
Código do texto: T5674096
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2016. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.