mais cultura, música e menos cachaça

Se pessoas assim pudessem e tivessem as condições favoráveis na educação, tanto familiar quanto escolar, para as atividades artísticas, provavelmente, descobririam um grande prazer em perceber a manifestação concreta do seu senso estético.

Música, a mais sublime das artes; na Idade Contemporânea, todos podem ouvir as mais variadas formas musicais, mas perdemos o sentido e o gosto pelo sublime; o condicionamento que sofremos impede de discernir o que é, e para que serve a CULTURA, daí ouvimos e assistimos o que tocam na mídia, mesmo quando sabemos que ela, a mídia, é controladora ideológica de nossas vontades.

Literatura, a mais sagrada das ARTES. Quando aprendemos a ler, não aprendemos o gosto de praticar a leitura. Poucos são aqueles que aprendem a deglutir o sabor das palavras. E ficam sem saber que a ESCRITA é uma forma de oração. Daí também que não há remédio que cure o tédio de viver sem razão.

A imagem e a semelhança de DEUS é a capacidade de amar, e a linguagem refletida na literatura pode dar uma melhor compreensão do por quê o VERBO se fez carne e habitou entre nós. O encontrar-se na arte é um contemplar-se com a arte, as pessoas ficam mais equilibradas dentro do seu próprio labirinto. A arquitetura, escultura, pintura, literatura, poesia, música são o sentir o Deus no ser. A arte não é o ponto final e nem sequer uma vírgula, talvez dois pontos a procura de alguma interrogação. A interação com a arte ajuda o ser a ser mais humano, desvencilhando-o um pouco do egoísmo que está entrelaçado, na essência, com os nós dos condicionamentos em uma educação individualista e competitiva, que só faz desenraizar a essência do ser pregado e rezado em todas as religiões ditas sérias, se não houver esta procura, o amai-vos uns aos outros será apenas uma farsa!

A cultura consiste em suscitar, entre outras coisas, a crítica

do livro reflexão em forma de oração. irine