Plena.

Hoje eu sinto meu coração cheio.

Não, não cheio, mas pleno. É como dizem, a sensação de estar cheio é quando algo passou da conta, mas a plenitude se faz quando tudo está sob medida. Como aquela roupa que fica perfeita e parece que foi feita para teu corpo, aquele calçado que define todo teu estilo, aquela comida que está perfeita para teu gosto.

Plenitude. A sensação de que tudo está encaixado em seu lugar, de que tudo está em ordem, como deveria ser. Não podia ser que sempre estivesses em plenitude se não tinhas aquele sentimento antes. Se não tinhas o coração batendo forte, as mãos suadas, as borboletas no estômago e, importante, as informações correndo mais rápido que o normal em teus neurônios. Parecendo, até, que teus neurônios não pudessem processar tantas reações diferentes, tantos hormônios se alterando ao mesmo tempo.

A plenitude se faz presente a cada vez que pensas sobre, mas quando não o fazes ela se espreita entre teus pensamentos lhe dando aquele arzinho de felicidade e leveza. A plenitude se mistura com teus sentimentos, mas no fim das contas, se analisares ela é a causa de tantos sentimentos bons fluindo ao mesmo tempo.

A plenitude que lhe vem a partir de um acontecimento como uma novidade, uma surpresa, uma pessoa. Alguém que lhe traz plenitude. Aquela pessoa que te fazes sorrir, sabes? Aquela pessoa especial que mesmo estando longe, te afetas de forma inesperada. Aquela pessoa que te roubas os pensamentos, aquela por quem tu te apaixonas todos os dias. Ou todos os segundos?

Quando o envolvimento se torna algo a mais. Quando teu corpo se cala e tua mente grita a todo instante. Quando teu coração bombeia tão rápido que parece martelar teu peito. Quando tu te sentes vulnerável, fraco, dependente e ainda assim é a forma mais gostosa de sentir tais sentimentos. Quando tudo fica mais bonito e até as coisas simples são motivos de teu sorriso. Plenitude.

Quando o encontro de olhos se torna uma conexão espiritual. Quando teu corpo se perde no dela, e não sabes mais onde começa o teu e termina o dela. Quando as coisas perdem o sentido e tudo o que é teu gira em torno dela. Aquela vontade desesperada de fazer qualquer coisa que a deixe feliz; qualquer coisa que a faça abrir aquele sorriso.

E então tu te apaixonas de novo.