Psico vibe

Saíram cedo como o previsto, os raios do sol atravessavam nuvens alaranjadas em degradê. Desciam em silêncio a rua e ao pisar na grama sentiram o cheiro do orvalho pelo gramado, era uma sensação boa apesar da leve brisa gelada que os ventos do sul traziam.

A energia dele pulsava em ondas suaves que emanavam por todo redor e ela de alguma maneira sentia e também emanava em resposta, sem trocar palavras se comunicavam apenas com olhares. De repente ela diz com aquele sorriso lindo que fazia uma leve curva em seus lábios:

- Achei um aqui !!

Gritou abaixando para um monte de grama em um canto próximo a uma cerca de gado. ele correu para perto e logo se surpreendeu com o cogumelo que haviam encontrado, sim, a procura havia valido a pena, era o primeiro mas era o maior que já tinham vistos. Então o convite para a psicodelia surge da mente louca que só aquela menina poderia aguentar.

Ele responde:

Vai você primeiro, a inexperiência dele reflete claramente em seus nervos.

Ela morde o cogumelo, sua boca tocando aquela polpa grande e macia, a língua molhada passeava pelos lábios enquanto trocavam olhares, ele pensa mil coisas em um segundo simplesmente por desejar ser aquele cogumelo e poder tocar sua boca.

Ela entrega pra ele e ele tbm morde olhando fixamente nos olhos dela. Ambos se desejavam naquele momento mas não podiam se expor, nunca haviam conversado sobre esse tipo de sensação mas sabiam que não era a primeira vez que aquele tipo de troca de energia rolava.

Se sentaram olhando o céu ser cruzado por aves que não costumavam voar por ali.

O celular tocando Lauryn Hill foi posto de lado e sem motivos explícitos se beijaram, não era amor, não haviam promessas, nem cobranças, não havia necessidade desse tipo de coisa, só uma coisa fazia sentido para eles, o agora.

Sem separar seus labios deitaram no gramado e a mão dele passou a percorrer aquele corpo inteiro, primeiro tocou o pescoço próximo a orelha, sentiu o cabelo liso e curto pelas mãos. Tocou sua pele arrepiada escorregando pelo braço até os dedos finos da mão macia que ela tem.

Amão dela tocava. O ombro dele e apertava levemente, ela sabia que ele estava excitado ela já estava deitada sobre ele e sentia o volume rígido por baixo das roupas, ela se encaixou sobre ele, sem precisar se despir ambos sabiam que estavam no lugar certo e na hora certa. a cintura dela se arrepia pelo toque das mãos dele que a segura com força. As mãos viajam dimensões cores saltam do gramado, sentiam o chão maleável como espuma, o céu parecia tão próximo que poderiam toca-lo mas estavam muito ocupados um com o outro.

O coração batia acelerado no peito dela, sentia as pernas tremendo mas não sentia medo, pelo contrário, era pura ansiedade aquilo.

A psicodelia cruzava a fronteira da razão e emoção e os arrastavam para a lacuna do prazer, ela segurou seu rosto e olhou nos olhos dele por 3 segundos, mais uma vez estavam dizendo com os olhos

Oque não poderia ser expresso em palavras. Ela cobriu os olhos dele com o boné que ele usava. E desceu a mão pelo peito e barriga dele, sentiu seu corpo ficar tenso então ela disse a única palavra necessária:

-Relaxa !

Então ele fez isso..

Sentiu ela tocar sua calça, levemente mas com uma habilidade surpreendente. Ela abriu o botão e o zíper e ele já estava extremamente louco. De olhos fechados via cores passando pela sua frente, seu corpo flutuava com aquela mão de unhas feitas e dedos delicados tocando seu corpo e do fundo do céu degradê ele sentiu aquela boca quente e macia tocando a cabeca do seu pau, primeiro ela segurava na base para ter uma noção de comprimento e grossura, passou a lingua pelos lábios enquanto olhava aquele membro pronto e inteiro ao seu dispor, ela adorava a sensação de domínio sobre ele que aceitava sem resistir a tudo que ela fazia. Sua lingua percorreu da base ate a ponta grossa e avermelhada pelo sangue quente que pulsava pelas veias, e foi de uma vez engolindo todo aquele mastro ereto e pulsante, ficou por um tempo saboreando todo aquele momento, sentindo o leve toque da mão dele na nuca enquanto mamava aquele pau.

A saliva escorria, molhava e facilitava ainda mais o deslizar dos lábios e da sua mão.

Ele queria retribuir aquela dedicação, sensação maravilhosa de estarem transcendendo o limite das dimensões desejou saborear toda essa mulher, amiga, amante, enfim.. Foda-se qual o rótulo poderia ser melhor usado desde que ele pudesse deitar Com a boca entre as pernas dela. Sua boca encheu de água, ele sentiu um arrepio descer da nuca ate seus pés, suas pernas travaram, sua vista ficou turva e sua pressão parecia que estava baixando, nessa hora ela estava com quase tudo na boca olhando suas reações e analisando quanto tempo mais ele resistiria, mas não havia mais tempo, era chegada a hora da explosão de energia e ela sentiu brotar em seu paladar aquele gosto quente e delicioso da fertilidade que ele acabava de emanar para seu universo,

Deitaram por alguns minutos abraçados na grama e o sol ja estava mais alto e mais quente. Dormiram e acordaram com fome, ao se olharem beijaram-se e preferiram não perguntar para o outro:

-Será que eu sonhei, ou isso aconteceu mesmo de verdade ?

Mantiveram esse segredo por muito tempo, e passaram a buscar cogumelos mais vezes quando desejavam repetir a viagem astral.

Slinn
Enviado por Slinn em 25/08/2016
Reeditado em 25/08/2016
Código do texto: T5739145
Classificação de conteúdo: seguro