Desencontro...

Certa manhã uma mulher se aprontava para mais um dia de jornada, comum e nada de especial, levantou-se cedo, preparou o café da manhã da família como de costume, seguiu para o estágio que fazia em uma empresa, pois a mesma cursava faculdade de administração. Ao chegar ao trabalho como de praxe, deparou-se com um novo funcionário, um homem maduro, de boa aparência, muito educado. O chefe os apresentou e disse que ambos trabalhariam por um tempo juntos, ela como estagiária dele, o seguiria em todos os passos pela empresa. No momento em que foram apresentados, ambos se identificaram ao primeiro instante, algo familiar os aproximavam, eles ainda não sabiam o que seria? No intervalo conversaram um pouco para se conhecerem melhor, a final teriam que conviver por algum tempo. À medida que exploravam profissionalmente seus conhecimentos ambos iam gostando do que descobriam, e percebiam que essa parceria seria perfeita. Ela fora para casa animada, cheia de entusiasmo! Ele de certa forma se sentiu renovado em poder contribuir com aquela estagiária tão dedicada! No dia seguinte, logo bem cedo estavam eles lá empenhados em mais um dia de trabalho, a estagiária anotava tudo, não queria perder nada, o colega de trabalho, seu professor naquela jornada, contribuía muito para sua caminhada acadêmica, ele era muito dedicado, amava o que fazia, e deixava transparecer isso! E assim os dias iam passando, e uma amizade começou a surgir, despretensiosamente... Ambos iam se conhecendo, às vezes, um não estava em um bom dia, o outro ouvia. A estagiária era casada há 18 anos, tinha filhos já adolescentes, uma mulher forte e frágil ao mesmo tempo, que buscava a sua realização profissional, anulada pelo tempo de dedicação à sua família, esquecera que ainda era uma mulher jovem e cheia de vida. O seu professor era um homem maduro, carregava experiências de uma vida de mudanças radicais, tinha filhos pequenos, dependentes dele totalmente, sua mulher era muito insegura, e o cansava com suas cenas de ciúmes constantes, deixava-o solitário, incompleto, encarcerado dentro de si, a ponto dele esquecer-se que ainda era um homem muito atraente! Nessas conversas diárias os dois começaram a perceberem-se as suas afinidades e foram se aproximando... Ela o admirava a cada dia, e ele se encantava por ela à medida que a conhecia, e essa amizade foi se fortalecendo até atingir as cores de um arco-íris, uma amizade colorida... "E o que seria as cores do arco-íris? Se o amor fosse definido pelas cores, seria um lindo arco-íris, e cada cor representaria suas fases, cada qual na sua sutileza e intensidade"... Ahh o amor! "Vem quando menos esperamos, sem pedir licença, sem perguntar se há possibilidades de acontecer?" A estagiária se apaixonou por ele perdidamente, lutava contra isso, pois era comprometida. Ele deixava subentender que a adorava, mas reservava-se, por medo. Já havia vivido experiências catastróficas no passado, marcas profundas na alma o impediam de se entregar ao que sentia. Ela resolveu se afastar dele, saiu do estágio, mas pensava nele constantemente. Ambos tentavam viver longe um do outro e quando a saudade apertava se falavam por mensagens, revelavam-se a saudade que os consumia, nunca mais foram os mesmos. E quando se encontravam casualmente na rua, os olhos penetravam o que a pele gritava ao encostar seus rostos, o cabelo dela comprido agarrava os fios na barba dele, as mãos que se encontravam era uma sintonia perfeita, tudo em uma fração de segundos que conotava eternidade. Ambos se encontravam em pensamentos no meio da noite sob o céu repleto de estrelas, a luz do luar fazia amor pela mais tenra imaginação! Eram amigos, apenas bons amigos, nada mais do que isso! Sabiam de suas responsabilidades e nada podiam fazer, apenas guardar segredos dentro de si, sonhar um momento em que pudessem viver a intensidade que transbordava deles, um desejo louco de se tocarem ainda que fosse uma única vez. Ambos eram vítimas dos desencontros da vida! Ela era apaixonada por ele, ele deixava subentender-se, uma magia os envolvia, forte, sutil, livre... E o fim dessa história? Essa história ainda não acabou! Os dias passam e nenhum dos dois sabe ao certo o que ganham ou o que perdem com o que sentem. Está escrito nas estrelas, só o tempo poderá dizer o que será! Vivamos para descrever e contar esta história...

“Os desencontros da vida são inevitáveis, a espera por um encontro ensejavam este dia...” Desencontros...

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Intensidade
Enviado por Intensidade em 14/10/2016
Reeditado em 01/11/2016
Código do texto: T5791592
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