O CIENTISTA

Ele que tanto sofrera por amor, se viu mergulhado em livros e cursos, escola, faculdade. Estudou muitas horas de sua vida, perdeu bailes, shows, viagens, negou a diversão, trocou momentos de alegria por cadernos e mais cadernos.

Jurou que corrigiria seus erros. E por esta promessa, foi o aluno número 1 na escola e faculdade. Se formou com honras e méritos. E no fundo de sua casa, passou à por sua inteligência e habilidade à prova. Tentara construir uma máquina do tempo. Quisera ele, retornar ao passado e reaver teu erro para com sua amada, o que fez com que a perdesse para sempre...

Foram madrugadas acordado. Fins de semana e feriado, trancado, montando aquela que seria a máquina que o levaria de volta ao passado. E finalmente conseguiu. estava pronta. O plano era se encontrar consigo mesmo no mesmo instante com que iria ter aquela conversa ríspida, aquele desentendimento que fez com que perdesse o amor de sua vida.

Pegara um disfarce, marcou a data e hora certa e adentrou-se na máquina, mas não antes de ligá-la. E uma luz se fez. Abriu a porta, estava de volta àquela praça. Voltara 15 anos de sua vida. Escondeu o portal da máquina entre os arbustos e foi ao seu próprio encontro. Voltara ao passado, mas não voltara a ser adolescente. Era homem com alma de menino.

Mas, infelizmente, chegara alguns segundos atrasados, escondido, vira ele mesmo e sua amada menina discutindo aquela que seria a última vez que se falariam desde então. Sabia de cor as palavras proferidas:

- Você é um cínico!

- E você uma menininha mimada!

- Eu te odeio, prometo à mim mesma que nunca mais falo contigo. Te odeio! Te odeio!

Dizendo isso, ela partiu e seu outro eu, nada fizera para impedir sua partida. Mas fora pra isso que voltara. Por isso retornara ao seu passado, pôs seu disfarce e foi ter uma conversa contigo-menino:

- Ouvi sua briga. Te digo com certeza que a perderá!

- Ela volta!

- Posso te garantir que nunca mais voltará! Engula seu orgulho! Deixe o amor gritar mais alto que a ignorância. Estais vendo seu amor partir e nada fará? Covarde! Corra! Vá até ela!!!

Suas palavras devem ter surtido efeito, pois ele mesmo, do seu passado, correu até a ela desta vez. Agarrou teu braço e lhe disse: Você disse que me odeia, mas eu te amo!!!

E um beijo aconteceu.

Satisfeito, voltou à sua máquina do tempo. retornara à sua casa e entretanto, ouvira um barulho na cozinha. E sua felicidade era cintilante quando a viu, sua amada, à fazer café na cozinha. Ele refizera seu erro do passado. Foi preciso se tornar cientista para construir uma máquina do tempo e retornar para desfazer tudo. e aprendera como pode ser trágico, um segundo de orgulho e que ele pode fazer com que percas, naquele momento, seu presente, e em todo seu futuro.

A beijou forte e ela sorriu. Correspondeu o beijo na mesma intensidade e ambos se abraçaram e sorriram juntos de felicidade.

Poeta imaginário
Enviado por Poeta imaginário em 29/11/2016
Reeditado em 29/11/2016
Código do texto: T5838600
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