13, Dezembro de 2013

Num verão de dezembro, um domingo comum ela me apareceu.

Uma história triste, um olhar confuso, um dizer suave ela me deu.

De triste mesmo não havia nada, pois ela era fascinante até mesmo quando chorava.

Soube que aquele domingo não seria um domingo qualquer do nosso entediado fim de semana. A semana, enfim, passou e ela lembrou de quem era eu. E eu, arisco, perguntava quem me era. Um rosto conhecido, dizia ela.

Havia algo diferente ali, em todo mundo, neste mundo imenso...

Bem, sexta-feira treze, na praça às sete. Marcamos! Lá, me fazia presente!

O sol, no entanto, ainda me incomodava. Mas eu não era nenhum vampiro.

Minha inquietude me fazia suar, o suor em mim desesperava. Cadê a pessoa? Perguntava. Era certo que a pontualidade me cobrava.

Olhos atentos para a esquerda, para a direita. Na retidão de minha localidade, prédios e mais prédios. No mais, o legal mesmo naquela praça era poder sentir o delicioso e harmonioso chegar do natal. Mas ainda aguardava ela aparecer. Adorava aquele clima! As pessoas passando; alguns rindo outros chorando.

Observar, pra mim, era um presente do Divino. Através dos olhos daqueles que me correspondiam pude conhecer, por um pequeno momento apenas, os desconhecidos e reconhecer, através de suas atitudes e expressões faciais, algumas de suas aparentes emoções.

Que maravilha era poder ver e ser visto, sentir e ser sentido! Que beleza era celebrar a vida! Deveria fazer mais vezes, refletia.

Ah, claro, eu já não poderia ignorar o fato de que o suor, naquele dado momento, era um detalhe tão fútil se comparado ao presente que eu obtivera; aquele momento de meditação.

No fundo, tudo aquilo me intrigava. Questionava o sentido da vida. Buscava entender nos detalhes, os planos do Divino.

Mas que imenso prazer para compartilhar!

Cadê ela, em?

Thiago Salvador
Enviado por Thiago Salvador em 13/12/2016
Código do texto: T5852432
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