Ainda estou aqui

Eu ainda estou aqui. Isso não quer dizer que continuo gostando de você e irei de te esperar pelo tempo que for. Porque na verdade eu ainda não gosto de você, no mais profundo e forte sentido da palavra. Eu gosto de estar com você, conversar com você. Aprecio sua companhia e os nossos instantes. E gostaria de repeti-los. É por isso que estou aqui. Paramos de nos falar. Voltamos a nos falar. E assim seguidamente. Mas eu não entendo porque fazemos isso quando poderíamos, eu e você, sermos algo a mais. Ou só algo. Meu plano não é te assustar e isso não é um pedido de namoro, calma. É apenas uma interrogação de porque não continuamos, seja lá o que somos, se é que somos. Simples assim. Não seria ruim as conversas se tornarem mais frequentes e nós dois menos ausentes. E se parássemos de se esbarrar em algum lugar qualquer e nos encontrássemos de propósito? É uma suposição tão louca assim? Eu não me negaria a te ver. Você já não sei... Mas nós nunca tentamos, não é mesmo? Falta coragem, dos dois. Sair da zona de conforto (você lá, eu aqui, assim não nos machucamos...) não significa que um de nós tenha que se magoar. Somos crescidos e, se for o caso, reconheceremos a hora de parar. Mas será que vamos sequer começar? Eu estou aqui. Se você chamar, eu vou. Se ligar, eu atendo. Se perguntar, eu respondo. Diga onde e estarei lá. Diga quando e eu ficarei feliz por antecipação. Vamos... Será que é assim tão difícil? Não precisa se preocupar com "dar certo". Hoje eu só quero presença, momento. Não precisa assinar nenhum contrato nem fazer promessa alguma. Só traz teu cheiro pra perto de mim e põe teus braços na minha cintura. Pronto. Sem maiores dificuldades, juro. Deixa o resto para o tempo, destino, ou para quem preferir. Sabe se lá onde isso pode chegar... E se não for a lugar algum, está tudo certo também. Você lá, eu aqui. Sem essa de "meu bem".