Os sonhos intocáveis, com Nathy a moça intocável.

Eu não me lembro muito bem mas posso tentar descrever alguns dos sonhos que aconteceram comigo, posso descrever como foi o que aconteceu, o que sonhei na noite passada, mas saibam que o que me fez ficar nervoso não foi apenas ter perdido o encontro tão esperado com a moça intocável, mas sim saber que ela havia planejado, no próximo dia, um encontro para nós dois.

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Eu estava deitado, olhando para o teto, no meu dedo ainda estava aquele lindo anel que ela fez, me cobri com o meu edredom e liguei o ar-condicionado, virei de lado e em um breve momento, pude ter o meu primeiro sonho, era um sonho muito estranho mas no sonho o destino era certo, a luz estava à frente e quando finalmente pude tocá-la, acordei. Assim, como acontece em todos os sonhos, parecia ser só mais um sonho normal, mais um sonho comum, como tantos outros são mas não era, e isso eu só pude descobrir, no outro sonho que tive, mas eu acordei um pouco assustado, ainda era meia noite, fui dormir de novo e novamente, sonhei com alguma coisa, o sonho era totalmente nítido, eu poderia fazer tudo naquele sonho, qualquer coisa mesmo mas só foi alcançar à luz, que acordei...

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Até que fiquei curioso, quando me acordei pela segunda vez, me sentei na cama e fiquei me perguntando, o que seria aquela luz mas ainda estava ansioso, fui até à cozinha beber água e depois voltei pra cama, dormi e mais uma vez, eu sonhei...

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E esse é o meu terceiro sonho!

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Eu estava em uma cadeira, tudo estava escuro, tinha um pano nos meus olhos, de alguma forma eu ouvia vozes, vozes que me perguntavam à mesma coisa mas eu não conseguia responder, eu não conseguia falar, as vozes me perguntavam por quem eu esperava, quem eu queria encontrar e eu até que tentava, mas não conseguia falar... Aos poucos os meus olhos começaram à ver uma luz, e ela se aproximava, tudo começou à ficar claro, bem mais claro, mas eu ainda não conseguia ver nada, as minhas mãos estavam amarradas e aquela luz, ficou tão forte que fiquei ofuscado, fechei os olhos mas a forte luz continuou, tiraram o pano que cobria os meus olhos, e eu pude ver que aquela luz tinha o formato de uma pessoa, mas não pude ver quem era, os meus olhos estavam doendo e antes que pudesse responder, acordei.

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Então me sentei na cama e me perguntei o que era aquilo, o que estava acontecendo, com bastante medo, fui dormir mais uma vez e novamente, pude sonhar com aquele brilho, com aquela luz, que das outras vezes também apareceu...

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E esse foi o meu quarto sonho!

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Eu não sei como foi isso, dessa vez eu estava em uma ilha, sendo perseguido por índios, mas no meio deles existia uma luz, uma luz que flutuava e que parecia mandar, que eles me pegassem, mais um vez aquela luz estava nos meus sonhos, e eu não sabia o porque... Eu corria, tentava me esconder mas os índios me achavam, eles conheciam tudo e todos os esconderijos, até parecia que eles sabiam para onde eu iria... Mas então, cheguei na beira de um abismo, e todos os índios pararam, aquela luz veio à frente de todos, e então ela se transformou em uma pessoa, aos poucos aquela luz foi se formando, dos pés à cabeça... Mas infelizmente, assim que o rosto começou à ser formado, eu acordei novamente.

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Eu pude ver o corpo dela, pude ver que os seus cabelos eram encaracolados, que as suas roupas eram bem comportadas, ela parecia ser uma moça muito simples mas não pude ver o seu rosto mas acordei... Então dessa vez eu fui determinado, me deitei querendo encontrá-la, mas dessa vez eu queria saber, quem realmente representava aquela luz para mim... Eu queria saber de quem seria o rosto e por isso fui dormir novamente, já era quase quatro horas da manhã, eu ainda tinha algumas horas, me deitei e novamente dormi.

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E esse foi o meu quinto sonho!

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Dessa vez foi bem diferente, me apareceu uma moça muito linda, ao redor do seu corpo havia luz, tudo era muito nítido mas o seu rosto, eu não pude ver, ela usava um lindo vestido branco com as bordas azuis, os seus cabelos podiam ser vistos, sendo levantados pelo vento, nós estávamos em uma praia, era uma praia deserta... Eu não sabia o que fazer, tentava e tentava mas não conseguia ver aquele rosto, mas algumas coisas eu pude ver, ela usava lindas sapatilhas brancas, mas em seu dedo, existia uma linda aliança, era de compromisso... E foi ai que tudo ficou ainda mais louco porque quando eu cheguei perto, aquela aliança perdeu o brilho, ela caiu do dedo dela e no sonho eu pegava ela, e colocava no meu dedo... E quando voltei à vê-la, lá estava o rosto dela, foi como um relance, foi apenas um ou dois segundos mas eu pude vê-la, mas acordei assustado com o despertador...

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Bastante indignado com o sonho, fui tomar banho, me aprontei e fui para o trabalho, o dia foi normal, como todos os outros dias são, quando larguei fui direto para o curso de inglês, dessa vez não fui de ônibus e quando eu cheguei lá, a moça intocável, a adorável Nathy, lá estava. Até parece que ela estava me esperando, havia uma bolsa na cadeira ao lado da sua, quando cheguei ela tirou e eu me sentei ao seu lado, conversamos um pouco mas deixamos o melhor para à hora do intervalo. Quando o sino tocou e o intervalo se iniciou, nós fomos juntos para frente do curso, e lá ficamos batendo papo, um certo tempo depois ela me perguntou o porque eu ainda estava com aquele belo ANEL, que ela havia feito e eu respondi que estava com ele, porque ela havia me pedido para que eu ficasse com ele, então ela mostrou sua mão para mim e me disse, com aquele talo eu fiz dois anéis e um deles, está no meu dedo e o outro está com você. Ela me mostrou e ela estava com o outro, era bem parecido com o meu mas o sino tocou e então nos forçou, à entrar para à sala...

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Quando a aula acabou, levei ela em casa e ela me pediu para ir buscá-la as doze horas da noite, já era bastante tarde mas tudo bem, eu não sabia o que ela estava planejando, apenas fiz o que ela pediu, quando cheguei na casa dela, quem abriu a porta foi a mãe dela, ela me disse que seria uma surpresa e que eu teria que confiar na filha dela, ela pegou um pano e cobriu os meus olhos e me colocou no banco de trás do carro, Nathy entrou no carro e me pediu para não tirar o pano do meu rosto, eu não pude vê-la e nem iria tirar o pano, porque eu não queria estragar a surpresa que ela tinha feito, ela dirígio durante um certo tempo, e então ela me disse que havia chegado, ela abriu a porta do carro, me tirou do carro e me guiou para um lugar, eu não sabia aonde estava, não sabia o que ela estava fazendo, mas se passavam mil coisas pela minha cabeça, ela me sentou em uma cadeira e me pediu para tirar o pano, e quando eu tirei o pano, pela primeira vez, em toda minha vida, eu chorei de emoção...

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Vocês não entendem, vocês não sabem o que ela fez, eu me pergunto até hoje, como ela fez aquilo, como ela achou aquele lugar, e como ela criou aquela cena... Ela conseguiu tomar conta de tudo sozinha, tudo estava perfeito, ela criou um lugar perfeito mas tão perfeito, que tornou nada; as mais belas poesias.

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Mas se vocês pensam que é brincadeira, vou narrar como era o lugar e como ela estava vestida... Só assim, vocês irão entender.

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O lugar mais perfeito do mundo!

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Eu deveria começar dizendo o nome da musica, certo?

Ela estava tocando em um pequeno som portátil.

A musica é de Willian Nascimento.

O nome da musca é: Era você.

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Eu estava sentado, e a minha

frente existia uma praia deserta, mas

tinha um caminho lindo; feito por pétalas de rosa.

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Enquanto eu olhava para às

pétalas que mostravam um caminho, ela

apareceu na minha frente, e ela estava muito linda...

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Ela estava com um lindo vestido branco, as

bordas desse vestido era azul, ela usava sapatilhas

brancas e no seu dedo, ainda estava o nosso belo anel...

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Os seus lindos cabelos cacheados

começaram à flutuar, o vento era bem forte,

tão forte, que até o seu lindo vestido queria levantar...

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Então segurei à sua mão, estava

bastante emocionado, mas ela era forte, e ela

segurou forte minha mão, e ao enxugar as minhas

lágrimas, ela foi me levando por aquele caminho, que aos

poucos, pouco a pouco, parecia se desfazer; após passarmos...

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Eu não sei aonde ela arrumou aquilo, não sei como ela armou, não sei se alguém à ajudou mas sei que foi naquele lugar, o nosso primeiro-segundo encontro!

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Ela já tinha armado à barraca mas me pergunto como, o vento era bem forte e a barraca parecia estar bem fixada, não sei se alguém ajudou ela, mas isso já não importa... Porque foi dentro daquela barraca, em uma praia deserta, que nós tivemos o nosso primeiro e perfeito, primeiro-segundo encontro!

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Pode até não parecer, mas foi naquela praia deserta, ouvindo o som das ondas do mar, dentro de uma barraca, que nós conseguimos nos completar, realmente, de verdade e por inteiro!

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Mas e após isso, o que será que irá acontecer?

Apenas o tempo, apenas o tempo é quem vai dizer...

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E é essa, a nossa próxima e bela parte...

Título: A data do casamento da prima de Nathy!