Mascara

Procuro no íntimo da minha mente o meu amigo de infância, meu parceiro de vida, o vazio de tudo a ausência do que é realmente ser junto com a presença sádica do nada que torturava minha alma e transforma minha mente em casa de repetições com suas filosofias vazias de criação massificada por meu algoz em que o verdadeiro eu gritava e se debatia em sua prisão na sela mofada, mesmo que sem justificativa apenas com a própria culpa de viver sob a sombra de máscaras e como ganha vida o seu teatro social rotineiro.

Era tudo para todos, era muito para poucos e pouco para muitos, mas nunca era para si, não crescia por ele e não se tornava mais do que um reles plebeu por si próprio. Mas sim pelos diretores e espectadores que diariamente o viam subir no palco com falas decoradas, improvisos supérfluos com variedades infinitas de máscaras recebendo o aplauso e o grito de seu nome. A esse ponto, nomes não tinham significado podia ser qualquer um. Se demitiu logo do seu posto de ator ao ver pequena luz de salvação e resolveu assumir o cargo de ser ele próprio para o resto da vida, ao ver a luz que tinha como fonte, olhos negros que se recusavam a morrer em oposição a pequena parte que se recusava a viver. Os nomes agora fadados a ter significados e historias próprias ele usa com todo o prazer seja lá qual for que ela lhe der, tudo torna a ter significado, cada pedaço de coisa vira uma inteira poesia na ponta de caneta movimentada sem descanso por cabeça que não repousa, o que primordialmente me ligou a ela ainda serve de ponte para sua poltrona ou seu caderno aonde escreve, dando causa aos meus atos mesmo sem ter noção do que causa, cria e penso nos aspectos que fazem a vida ter esse significado e tudo me liga ao seu rosto focado na leitura.

Amo cada vez mais os espaços vazios que encontro, pois, preenche cada uma deles me fazendo amar, louvar e ate a duvidar da realidade. O principal é a poesia que exala feito perfume Francês, recorde de todas as letras comparações, inspirações e aspirações que me trazem para perto de ti, que me levam a você e que te transformam no divino, no fim estou entregue aos meus sonhos, a música, a poesia, a filosofia e a alegria. No fim estou entregue no resumo de tudo, no fim estou entregue a você, que me deixa sem máscara, sem personagens, sem elenco, sem direção, sem nomes além do que deu significado, me faz por felicidade ser sonhador que se apaixonou e por amor me faz ser em cada aspecto cada vez mais eu.