Para todo Sempre

Numa terra bem distante, pelas bandas da região amazônica, morava numa chácara Alexandre, sua esposa Liene e os seus quatro filhos: Nádia, Nayla, Núbia e Nadson.
Alexandre tinha 35 anos, era uma pessoa que apesar do semblante sisudo, era alegre, trabalhador, determinado e amava muito a sua família, tinha os traços de um alemão, devido a sua cor clara e de altura mediana. Para prover o sustento de todos, ele trabalhava em sua gleba de onde tirava toda provisão para sua família. Ele todos os dias, com exceção do domingo, partia para o trabalho 6 horas da manhã e só retornava para sua chácara 18 horas. Apesar de parecer bastante árdua a sua labuta, fazia isso com amor e muita dedicação, pois para ele a sua família era tudo de mais precioso que ele tinha e por eles valia a pena todo esforço. O domingo era o dia que ele aproveitava para descansar e ao mesmo tempo desfrutar da presença encantadora da sua família.
Liene tinha 30 anos, era um pouco mais baixa, e ao contrário do seu marido, era bem morena. O foco de Liene estava sempre voltado para sua família, enquanto seu esposo na gleba trabalhava, ela era encarregada de cuidar da casa e das crianças e fazia isso também com muita disposição, era carinhosa e tinha muita paciência na educação dos seus filhos.
Núbia entre todos os filhos era a mais velha tinha 15 anos, logo em seguida vinha Nayla com 12 anos, Nadia tinha 10 anos e Nadson era o caçula tinha 5 anos.
A paz e a harmonia perseverou naquele lar, até o dia em que uma tragédia com Alexandre aconteceu, estava ele fazendo a limpeza do terreno, quando acidentalmente alvejada foi sua artéria femoral, a hemorragia foi rápida e fatal ceifando a vida de Alexandre, a partir de então o caos tomou conta da família de Liene. Sem a provisão que era proporcionada pelo trabalho do seu esposo, a vida tornara-se muito difícil, chegando ao ponto do alimento faltar em sua casa. tentando arrumar uma solução para a dificuldade em que encontrava sua família, ela tomou a difícil decisão de enviar Núbia e Nayla, que eram as mais velhas, para a casa da avó, mãe de Alexandre que morava na Vila Castanhal que distava dali 30 quilômetros. Com isso ela diminuía a despesa ali na chácara e também tinha a expectativa que as duas filhas pudessem encontrar algum emprego ajudando-a. E assim Núbia e Nayla despedem da sua família e partem rumo a casa de Odete.
Vila Castanhal era uma pequena cidade que tinha em torno de 20.000 habitantes, formada por vales e montes e tinha um rio que passava no meio da cidade. Apesar das deficiências econômicas, era uma cidade que tinha um certo charme, um povo hospitaleiro e caloroso, tornando agradável habitá-la e seria naquela cidade, na casa da sua avó que Núbia iria conhecer um de seus parentes, e a partir de então nasceria uma grande história de amor.
Odete era uma senhora de aparência um pouco obesa, tinha em torno de 65 anos de baixa estatura, mas o que faltava no tamanho. ela tinha de autoridade, de forma que era ela que administrava a casa, ela mandava e os outros obedeciam. juntamente com ela morava na casa, seu esposo o velho Brás, seu filho Júlio e sua filha Maria Antonia, que ja eram adultos, mas que até então morava com a mãe.
Núbia e Nayla por um lado sentia a falta da família, mas logo logo foram adaptando na casa de Odete. Sempre tinham parentes que íam visitá-las na casa de sua avó. As duas jovens eram bem carismáticas e aos poucos foram conquistando grandes amizades. Além de relacionar com seus amigos, as duas irmãs amavam curtir a pracinha no domingo e com muito custo conseguiam de vez em quando a autorização de Odete, para que pudessem divertir um pouco na danceteria da cidade e geralmente ali encontravam seus amigos e tratavam de colocar a prosa em dia.
Mas apesar delas estarem totalmente ambientadas em Vila Castanhal, sempre que a saudade batia mais forte, elas arrumavam um jeito de ir na chácara visitar sua mãe e seus dois irmãos mais novos.
As duas irmãs eram inseparáveis, Núbia por ser mais velha e mais ajuizada, sempre estava regulando e aconselhando Nayla, que era mais irreverente.
Elas divergiam por completo, em nada eram parecidas. Nayla era um pouco mais alta que a irma, loira, magra, sendo totalmente agitada. Já Núbia era morena, apesar de ser um pouco mais baixa, seu corpo era mais sensual e provocante. Era um pouco mais encorpada, tinha um bumbum arrebitado, seios pequenos, cabelos castanhos na altura dos ombros, e diferentemente de Nayla, era mais sossegada, pacata. 
Além de Alexandre, Odete tinha outro filho que também tinha falecido, era o seu filho mais velho Rosalvo, que também morrera de forma acidental, deixando orfão José que era o filho mais velho e Marcos. Os dois moravam com sua mãe em outra cidade e durante longos anos viveram afastados de Odete. Primeiro ela reencontrou com José, dois anos mais tarde era a vez de Marcos rever novamente a avó. Odete apesar de ser autoritária, era uma mulher de um bom coração, carinhosa, e quando viu Marcos, seu coração encheu de ternura por ele, fazendo todos os mimos do rapaz.
Até então Marcos ainda não tinha conhecido Núbia e Nayla, uma vez que as duas estavam visitando sua mãe.
A casa de Odete era numa colina, e na frente da casa tinha um banco, no qual Marcos sentava todos os dias e ficava apreciando a cidade lá do alto. Um rio passava no meio da cidade e uma ponte fazia a sua ligação. Mas no alto estava a igreja Matriz com sua pracinha com seu lindo tapete verde ornado com flores.
Marcos não conhecia sua avó, era a primeira vez que ele ia em sua casa, de forma que estava amando tudo aquilo. Com a predileção de Odete por Marcos, ele estava sentindo-se o centro do universo. De tanto que sua avó comentava sobre as netas que estavam viajando, tornando-se grande a expectativa de Marcos pelo retorno de suas primas. 
O jovem e Odete estavam sentados no banco, era uma segunda-feira quando de repente avistam o vulto de duas meninas, eram Nayla e Núbia que acabavam de chegar. Odete fez a apresentação das netas para Marcos e a partir de então algo novo iria acontecer nos corações de Núbia e Marcos. 
A sintonia existente entre esse casal era muito forte e sempre que possível estavam os dois juntos, ao mesmo tempo que conversavam, riam. Nayla percebendo a afinidade existentes entre os dois, deu uma trégua para sua irmã, deixando o casal mais a vontade. Toda vez que Odete pedia Núbia para ir comprar algo na venda, lá estava Marcos fazendo companhia para sua prima.
A semana passou num piscar de olhos, chegando o sábado. Núbia comentou com o primo a respeito da danceteria, despertando o interesse do jovem em conhecer a discoteca. Mediante pedido do seu neto, Odete permite que Núbia e Nayla possam ir na danceteria para fazer companhia para Marcos. Naquele momento era tudo que ele queria, um lugar sossegado que ele pudesse ficar mais a vontade com sua prima. Nem bem Odete dera a permissão e os três jovens já estavam de partida rumo ao clube da cidade.
Quando eles chegaram na danceteria estava passando a música de Rita Lee "Desculpe o auê", naquele momento ela estava no auge da sua carreira. A boite era bem aconchegante, de um lado tinha a pista de dança com seus lustres multicoloridos e o barzinho, já do outro lado tinham as mesas e cadeiras e a luz era mais escassa.
Desde o primeiro momento em que Marcos e Núbia se conheceram, uma atração muito forte nasceu em seus corações, todavia tudo isso teria que ser contido, como poderia ter algo mais íntimo com núbia, sendo que os dois estavam debaixo do mesmo teto onde Odete morava, sem falar que o grau de parentesco incomodava um pouco ao jovem. Mas ali longe de tudo e de todos, eles estavam mais a vontade. De repente começa tocar a música do conjunto Abba "The Winner Takes It All" e Marcos não perde a oportunidade e logo vai convidando sua amada para dançar que aceitou prontamente. Mal podiam eles se abraçarem, tamanha era a reação que estavam acontecendo naqueles corpos. Os corações ofegantes, no momento em que eles se tocaram, o sangue circulava ardentemente pelas veias e artérias devido o ardor da paixão existente naqueles corações, para manterem-se em pé os corpos serviam de escora, uma vez que as pernas estavam totalmente trêmulas. Ali no meio de todo aquele êxtase, Marcos tomou coragem e lentamente foi encostando sua boca na de núbia, e aquele momento, apesar de tão rápido parecia tão eterno marcando as mentes e os corações daquele casal. logo em seguida foram sentar-lhes na mesa, e agora eles não sabiam se conversavam ou beijavam. Aquela noite fora totalmente fascinante, mas infelizmente a hora chegou e eles tiveram que ir embora. Chegando na casa da avó eles se recomporam, os jovens foram dormir, relembrando tudo aquilo que na boite aconteceu.
Marcos mais um final de semana, pôde vivenciar tudo aquilo novamente com sua amada, agora porém com um certo tom de tristeza, segunda-feira estava chegando e aproximando estava a sua partida. 
Infelizmente esse dia chegou, e o casal de pombinhos se despediram com os corações partidos. Marcos dois anos depois, encontrara novamente com sua amada, depois só vieram a encontrar quando estavam casados. O pouco momento que tiveram, aproveitaram para relembrar o passado.
Núbia naquele momento estava no segundo casamento. O primeiro casamento durou dez anos e o seu ex-marido partira para o exterior, dessa relação ela teve Emerson. Agora no segundo casamento ela tivera Marina que era sua cópia. Algo deixara Marcos surpreso naquele encontro. Núbia relatara as dificuldades que estava passando na sua segunda relação e confessara para o Amado que jamais o havia esquecido, que eternamente ele iria ser o amor da vida dela. Por sua vez, Marcos também havia casado, novas juras de amor foram renovadas, mas incubiram ao destino o desfecho dessa relação tão linda. 
Uma pergunta ficará no ar, será que um novo final poderá ser acrescentado a essas vidas com a ajuda do destino?  









 
Simplesmente Gilson
Enviado por Simplesmente Gilson em 29/05/2018
Reeditado em 29/05/2018
Código do texto: T6349319
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