Minhas Recordações- Cap. 9

CAPITULO 9- Mais uma vez

Dias, semanas, meses... Beijos ardentes, beijos amáveis, beijos de todos os gostos e jeitos possíveis, nenhum chegava perto do beijo do Meninão, ninguém tirava essa dor de amor não correspondido de dentro da caixinha, ninguém conseguia esvazia- lá e preenche-la de paixão, se quer de desejo. Realmente eu estava fechada pra sempre, sem esperança de dar chance a ninguém.

A minha vida estava ligada apenas em estudar, precisava entra para faculdade. Em meio aos livros e cadernos, sempre estava ali seu nome rabiscado. As produções textuais escolares começavam com “Em um planeta rico de recursos naturais, observamos...” e terminavam em “Volta que eu estou pra morrer de saudade, meu coração te quer de volta amor, só tem espaço para você aqui...”. e sem perceber ele me tirava o foco em tudo que eu fazia. Assim o tempo passou, lá de foram 6 meses.

Um dia ao chegar do trabalho, minha mãe me disse que havia conhecido um rapaz tão bom, trabalhador “ele serve pra ser marido, para casar com você” - “Mãe a senhora enlouqueceu foi! Eu quero estudar, nada de homem, sou muito jovem pra casar!”. Saindo brava, por tamanha insanidade, “onde já se viu agora minha mãe quer me desencalhar, já não basta as meninas na escola agora ela também!”. Assunto encerrado, por uma semana apenas, num sábado á tarde o comunicado, “hoje tem uma comemoração da turma do trabalho e todos nós vamos, vão tomar banho e rapidinho porque é muita gente!”.

Já nem me lembrava das insanidades ditas pela minha mãe, mas ela pelo visto ainda não esquecerá, chegando no local da festa, a casa de uma das amigas de família, enquanto todos bebiam, conversavam e riam alto ouvindo músicas, minha mãe me chama “vamos ali!”, “onde?” , “ali” e quase que me arrastando, saímos do quintal ode estávamos e enquanto me levava, andando pela rua, sem me responder onde estamos indo, logo eu pensava, acho que hoje vou levar uma surra, mas o que será que eu tinha feito, nem mesmo eu sabia. Um quarteirão depois, lá estava eu na escuridão daquela rua mal iluminada, na porta de uma casa e minha mãe batendo palmas.

De repente sai um moço moreno, nem alto nem baixo, nem gordo, nem magro, com um sorriso lindo e agradável, envergonhada só ouvi assim “ela vai ficar aqui te esperando, eu preciso ir lá; filha depois você leva ele lá na festa”. Então como uma flecha apressada, nem pude ver que minha mãe tinha ido embora e eu tinha ficado parada olhando pra cara de alguém que eu nem sabia o nome.

“entra aqui, preciso me trocar, não vou lá de assim!”. Atonitamente, olhando para ele, já me desculpando pela maneira constrangedora que minha mãe tinha nos deixado, descobri que seu nome era Luciano e que era o tal rapaz que ela queria me casar!

“sua mãe e todos lá do trabalho, falaram que você era bonita, eles tinham razão, alguns disseram- me que você é meio metida a besta” , “ você esta concordando com as opiniões?”, “ M. seu nome néh?” “Sim” “Então até o fim dessa noite eu respondo a parte sobre ser metida”, não pude conter o riso de deboche, sentando no sofá da sala enquanto ele entrava em um quarto.

MCantalupe
Enviado por MCantalupe em 07/06/2018
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