Luminária

A luminária

Eis que recebe certo brilho ou uma pequena fração de luz, que o faz ir de extremo a extremo, cada um tão diferente e distantes sem nenhum tipo de ligação.

Ele dessa vez trabalha, optou por não desviar de cada minúscula ou não probabilidade que cruza seu olhar, seja por sequer um milésimo, segundo ou uma pequena tarde. Algo estranho pareceu acontecer, mais uma vez e parece sim familiar com algo que já viu ou por falta de sobriedade imaginou no mais profundo de si a cena de seu sótão preenchido não por móveis, poeiras ou coisa assim, mas sim uma luz, tudo o que ele precisaria ver. Qual a dificuldade seria? Mesmo que na sexta tentativa algo nele o fazia persistir...

Sabe, seu pequeno ou não sótão está aí, e por mais que pareça vir do seu ego o sótão parece querer seu padrão de cor misturado com certas tonalidades de cores.

Algumas tentativas anteriores

Mesmo chapado, caminhava de forma repentina até a única loja que o mesmo recorre e por intuição sente que de alguma forma aquela loja de conveniência será como sua ponte ou o que resta depois de cada luminária tentou colocar em seu sótão.

Acho que por desventura ou mesmo que algo dentro de si que o puxa e o diz que não faz sentido, que não se passa de um sótão que ligado a uma pilar não se sabe até quando vai existir. Questionava também se existiria algo além do que os olhos do mesmo não conseguiam ver ali mesmo com as mais variadas luminárias.

Porém por intuito assina então uma entrega de luminárias em seu sótão, parte de si se fortalece no que ainda sonha ver.

Bem, lhe foi concedido cinco luminárias em dois anos e seis meses.

Cada uma ainda mais diferente e com alguma mesmo que pequena semelhança com outra, simplesmente não era o tom.

Teria o então parceiro da loja de conveniência não selecionado as luminárias, pelo tanto a mídia nos faz acreditar que não importa o que aconteça ali, há a tonalidade seja onde esteja e qual seja a natureza de sua escuridão, que ali encontraria a luz... Ele esperava algo!

Foi assim que notou cada poeira e cada sujeira e o quanto cada vez mais perdia o foco por cada uma que tenha passado, da mais forte até a mais impotente que só lhe acumulou mais ainda o que trabalhar ali.

Foi sendo assim...

Até que resolveu deixar como está após a quinta luminária. Preferiu descobrir e limpar cada pequeno centímetro do seu sótão e ser suficiente. Mesmo que escuro e acabado aquele sótão, ao menos tentaria mesmo depois de fracassos e fracassos de discordar de que o sótão ainda há sua serventia.

Resolveu e cancelou sua assinatura com o distribuidor de suas luminárias...

Sexta luminária

Bem fazem apenas duas semanas, o distribuidor bate a sua porta. Por instinto e querendo e não ao mesmo instante agora se dá início a sua sexta luminária, algo em si diz que tem algo diferente nesse tom. E sem o que esperar ou esperando de tudo, começou sua sexta tentativa...

Tadeu Santana
Enviado por Tadeu Santana em 18/09/2018
Reeditado em 19/09/2018
Código do texto: T6452851
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