Belo Horizonte
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Qualquer semelhança com a realidade será mera coincidência.

                 RENASCER XIII


            Em Belo Horizonte

Letícia estava feliz em conhecer as filhas de
Rodrigo: Clarice e Cleide, elas eram um encanto.
Estava entusiasmada com a perspectiva do
casamento e quando Rodrigo sugeriu o mês de
Setembro, ela adorou.
A primavera era uma linda metáfora para
recomeçarem suas vidas juntos.
Ela apenas ia sugerir que eles trocassem
alguns móveis do quarto. A cama de casal por
exemplo. Queria uma nova, era como se assim
pudessem deixar a vida antiga de Rodrigo no passado.
Com cuidado ela falaria com ele  no momento
adequado.
Dormiram rapidamente porque estavam cansados
da viagem. Rodrigo acordou muito cedo pois tinha
que estar no Hospital as sete horas e as meninas
também entravam nesse horário na Escola.
Quando Letícia escutou ruidos na cozinha, despertou
e se juntou à família. Cleide e Clarice já estavam
sentadas com o pai. Tilde havia preparado um lauto
café da manhã para todos.
Rodrigo estava radiante, conversando com as filhas.
Cleide, era uma menina linda, loirinha como
Amanda, seus cabelos cacheados davam a ela
um aspecto delicado. Seus olhinhos eram azuis acinzentados. Clarice tinha a pele e os cabelos
mais escuros e lisos., seus olhos eram esverdeados.
Elas não eram gêmeas idênticas.
Comeram depressa porque não queriam se atrasar
e sairam juntos. O pai levava as filhas para a Escola
todos os dias. Despediram-se de Letícia e Tilde
com carinho e se foram.
Rodrigo havia combinado de levar Sua namorada
à tarde para pegar o Ônibus para Divinópolis.
Então a campainha tocou, era Irene que estava
chegando, ela era a outra ajudante da casa.
As duas empregadas dividiam as tarefas do
apartamento.
Matilde apresentou Irene à Letícia e elas se
sentaram para tomar café.
Ficaram as três mulheres na cozinha. Agora sim
Letícia ia saborear as broas de fubá que a ajudante
havia feito e estavam quentinhas. O bolo de cenoura também estava delicioso.
Quando elas terminaram de tomar o café, ela foi
até a janela admirar a vista ali do alto. Era muito
bonita. Muitos prédios, uma cidade everfecente.
Então ligou para sua mãe, Dona Elisa, estava com
saudade.
- Oi mamãe, tudo bem? Como a senhora está? e papai?
melhorou da dor na coluna?
-Oi Letícia, aqui está tudo bem, Vicente está melhor
sim. E a viagem como está sendo? Está na casa de Rodrigo? Quando você volta?
-Volto de tardezinha. Vou pegar o ônibus das Cinco
Horas, me espere com pães de queijo quentinhos viu?
Beijos a todos ai!
-Sim filha, serão dados! Boa viagem!
E desligaram o telefone.
Dona Elisa amava seus  filhos, mas tinha mais
sintonia com Letícia, talvez porque ela fosse a caçula.
Ela então resolveu sair um pouco, enquanto esperava
a manhã passar.
Desceu até o saguão de entrada do Prédio e deu
uma volta por ali. A manhã estava linda, o céu
muito azul.
Parou numa floricultura que havia ao lado do
Prédio e foi admirar as flores que estavam
expostas. Quantas e quão belas eram.
Resolveu comprar algumas para levar para
a mãe. Escolheu orquídeas azuis porque são
mais raras. Saiu com o vaso nas mãos e seguiu
em frente. Viu que havia uma livraria perto e
resolveu entrar. Queria ver algum livro para
dar de presente a seu amado.
As estantes estava repletas de todo tipo de
literatura. O que será que o agradaria?
Optou por um  Romance Policial. Achou que
ele iria gostar. "Assassinato no Expresso
Oriente" de Agatha Christie. Comprou também
um livro para si mesma: "Ficções do Interlúdio" de
Fernando Pessoa e saiu feliz da livraria.
Voltou então para o Apartamento, foi tomar
um banho demorado, lavar os cabelos, pentear-se
e se arrumar um pouco, depois sentou-se e
começou a ler o livro que havia comprado.
A manhã passou rapidamente.
Rodrigo chegou alegre  com as meninas, estava
muito quente naquele dia. Enquanto ele tomava
um banho rápido,  Clarice e Cleide conversavam
animadas com Letícia.
Elas queriam saber como era a Loja dela em
Divinópolis. Letícia disse à elas que quando
Rodrigo fosse lá para ver seus pais ele as
levaria também e elas iriam conhecer tudo.
As meninas adoravam uma roupa nova, tênis
coloridos e enfeites de cabeça. Um pouco de
maquiagem para brincar também, porque na idade
delas tudo era novidade.
 As ajudantes preparavam o almoço e arrumavam
a mesa com esmêro.
Cleide e Clarice foram tirar os uniformes,  colocando
calça jeans e camisetas coloridas. Trocaram os
tênis por sandalias mais abertas e colocaram
tiaras nos cabelos.
Clarice era mais parecida com o pai. Os cabelos
escuros e a pele morena davam um contraponto
à pele clara que Cleide herdara de Amanda.
Todos reunidos em volta da mesa, para fazer a refeição.
A comida mineira, que Tilde tão bem preparara.
Arroz, feijão bife acebolado, costelinha de porco com
farofa, couve picadinha e uma saladinha de alface.
Terminaram com uma salada de frutas especial.
Além das frutas de sempre, havia também Kiwi, uva e
manga.
Rodrigo comentou com Letícia que tinha uma
cirurgia de emergência para fazer logo depois do
almoço e ela resolveu ir embora mais cedo para não atrapalhar. Era um caso complicado. Um dos pacientes
de Rodrigo havia piorado e anteciparam a cirugia.
Ia ser feita as duas da tarde.
Então o casal foi para a sala, ficaram ali mais um pouco
e ela se apressou em arrumar a bagagem.
Estava triste por ter que ir antes do combinado mas
sabia que seria melhor.. Teria que compreender
quando as coisas não saissem de seu agrado.
Afinal ser esposa de um Cirurgião teria dessas coisas.
 Clarice ouvia tudo com atenção, era uma menina
especial. Muito inteligente e amadurecida para sua idade.
Gostava de escutar mais do que falar. Dizia que ia ser médica também como seus pais, mas que queria seguir a Pediatria. Já Cleide era mais inquieta, falava mais,
era expansiva. Seu sonho era ser Bailarina Clássica.
O tempo estava passando e era hora de Letícia ir
embora. Ela achou melhor pegar um taxi, porque
não queria atrasar Rodrigo. Despediu-se de todos,
entregou o livro para seu amado e ele gostou
muito da escolha dela. Disse que iria ler à noite
antes de dormir. Abraçou as gêmeas com carinho,
beijou-as delicadamente.  Então eles marcaram a
viagem à Divinópolis para o próximo final de semana.
Letíciaa se despediu das ajudantes, agradeceu por
tudo e Rodrigo foi levá-la até a entrada do prédio para
ela pegar o taxi.
Abraçaram-se e ele a beijou emocionado. Aquele
encontro havia superado as suas expctativas. Letícia realmente era maravilhosa.
-Tchau querida!, faça uma ótima viagem. Dê lembranças
a seus pais e irmãos. Logo estaremos lá!
-Sim Rodrigo, esperaremos vocês no final de semana!
leve as meninas sim?
-Te amo!
Eu também te amo querida!



                continua no proximo capítulo.





 
Adria Comparini
Enviado por Adria Comparini em 03/04/2019
Reeditado em 02/06/2019
Código do texto: T6614862
Classificação de conteúdo: seguro
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