Maior que todos os tesouros

Ela estava absorta,

conseguia ver incríveis belezas

aquela praça era um paraíso dos mortais

Dona Marina estava naquela praça, o lugar era esplêndido, ali a natureza fazia com que as pessoas refletissem, das praças das cidades grandes aquela imperava com seu esplendor e ao mesmo tempo simplicidade do verde deslumbrante, intercalado com flores, sim um imenso jardim.

Aquela senhora, já com a maioria de seus cabelos brancos, mas ainda em pleno vigor, saboreava aquele aconchego. Sozinha naquele banco a lembrando de sua vida até ali, aquele lugar lhe inspirava uma grande volta no tempo. Nos seus caminhos sentia-se gratificada, não que sua vida até ali fora completamente fácil, pelo contrário foi árduo e muitas vezes intensamente infelizes.

Tão aconchegante o ambiente, lugar com muitas pessoas transitando ali, sentados nos bancos, que também talvez procuravam uma paz, longe do atropelo da grande selva de pedra, onde acontece tantas destruições de vida, um frenesi total.

Um filme começava a rodar na mente de Dona Marina, infância problemática, pula muitos momentos infelizes, momentos em que naturalmente as crianças deveriam até viver de fantasias. Depois veio os momentos da juventude, concluiu seus estudos a duras penas. Veio os momentos preciosíssimos, o amor!

Ah! Esses momentos mágicos em que os enamorados preferem que o tempo não passe, as felicidades indescritíveis.

Entretanto Dona Marina revive naquele filme os momentos trágicos, seu companheiro a abandona dizendo que não é possível continuar a união. O embate trágico do relacionamento foi quando o médico lhe dissera que ela seria impossível ser mãe. Desespero incontido todos os dias. Depois de algum tempo com a mente em frangalhos, caminhava sem saber quais caminhos a seguir, todas as pessoas que encontrava era como se fossem monstros, sim o ser humano criatura terrível.

E ela ali justamente nessa praça relatado no começo do texto. Naquele mesmo banco, ela pensava firmemente em terminar com sua vida. De repente algo incrível acontece, um choro de criança, ela procura e não muito longe dali uma cesta com uma criança recém-nascida. Marina luta desesperadamente depois de algum tempo ela consegue a guarda dessa criança, um menino e consequentemente direito de ser mãe.

Sua vida não parou por aí, parecia que o destino lhe reservaria novas missões, (se é que existe destino, ou apenas a sábia providência divina) foi surgindo mais crianças desamparadas e ela adotando, até que chegou um dia 7 filhos aos seus cuidados de mãe.

O desamparo existe, pra amar, dedicar o verdadeiro amor os caminhos tornam-se decisivos, é preciso firmemente ir pra frente, mesmo que a ultrapassagem tornar-se quase intransponíveis, mas o amor tem que ser dado, sendo assim depois aquele que dedicou seu amor sem reservas notará que sem isso ele nunca poderia ser feliz, viveria num mundo sombrio, as belezas existentes seriam incapazes de serem notadas, porque o doar não fora espontâneo ou talvez nunca foi dado.

Dona Marina sentia realizada, sua sublime missão foi cumprida com muito amor.

Mini resumo do livro SABEDORIA:

https://www.recantodasletras.com.br/roteiros-de-teatro-de-drama/5815358