Três amores

Entre os pequizeiros bonitos de viver. Graça em flores brancas recheadas de perfume, mistério nos troncos rugosos e retorcidos, frescor nas folhas verdes, redondas e umbrosas. O menino segue seu caminhozinho inventado nos trilhos das vacas leiteiras, estrada infinita e sinuosa pasto afora. Longa viagem, paciente, de derramar os olhos para além de tudo e fazer-se leve em quase voo.
De volta às águas crianças do regato junto à ponte, o coração borboleta aprisionada no peito ofegante. Colorido de roupas, bandeiras ao vento nos varais-cercas de espinhento arame. Estendidas no veludo verde da grama, colcha de retalho vistosa. Nas águas transparentes de piabinhas, pernas desnudas, vestido arrepanhado, semitransparente. Sorriso infantil, inquieto desejo. Pegar a areia, ver a menina, nas mãos erguendo as roupas sem manchas, nem sabão. Morenas mãos que agitam e perfumam um sonho de adolescente amor. Lábios de vermelha flor semi-aberta, cabelos fartamente cor da noite, caindo sobre o rosto. Olhos acesos de estrelas sem lua. A areia inconstante, eterna e movediça, a roupa lavada, levada na água a espuma corrente.
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Pensamentos andorinhando pra lá pra cá na tarde quente. O rubro riso da pequena lavadeira desponta na curva da estrada. A roupa seca e perfumada descansa na bacia. Passos leves, ligeiros, voltando para casa. Um sorriso, palavras poucas, monossílabas. Explosão de amor na tarde retirante. Um convite. Amanhã, domingo, às sete, na igreja. Canjica, pipoca, guaraná, depois da missa. Combinado. Coração aos pulos. Cisma de menino anoitecendo. Os vaga-lumes lanternam o breu dos pastos. Os grilos afinam a estridente orquestra. Na escuridão total, a luz do encontro pré-vivido. Dormir nem quase, de esperar.
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Domingo de missa longa encenada de Quaresma. Ser cristão é participar. Olhos sôfregos procuram a brejeira morenice. Lá, entre as amigas, ei-la sentada. O padre num sermão sem fim. A pipoca recém-cheirando estourada pela porta principal. Crianças fazem alvoroço nas escadarias. Algodão-doce, sonhos de açúcar que derretem na boca gulosa. Ide em paz e que o Senhor vos acompanhe. Amém. Amém. Amemos. A noite clara de lua é um convite irrecusável. Como ela está linda em sua saia de chita rodada, cabelos presos com duas marias-chiquinhas, sapatinhos envernizados de boneca. Pipoca de alegria quente e guaraná geladinho para lavar o sal e a emoção que ardem na garganta. Felicidade suprema. Ir embora, tagarelas, pisar irresponsável as pedras molhadas de lua, segurando a mão macia de lavar na fonte todo dia. Mãozinha suave e quente, canal de invividas emoções, unindo-os no encontro inaugural. O caminho que demorava, é curto agora. Lentamente as mãos se soltam e acenam despedidas. Domingo que vem tem mais. Comer doce-de-leite e pé-de-moleque no jardim da igreja de São José. Domingo está longe. É a eternidade. Como sufocar um vulcão que teima em explodir? Como aprisionar o amor-passarinho com asas de infinito? Amanhã, depois e depois… caminhar de novo no sem-fim dos trilhos das vacas. Quem sabe, mergulhos no cristal das piabinhas? Saciar-se do sorriso, talvez um toque nas mãos cheirosas de roupa lavada.
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Encontros sucessivos, semanais. Correr, gritar, dar risadas. Alegrias inúteis de menino e menina enamorados. Falar de amor? Bobice, que os corações derramam de ternura. Trilhar novos caminhos, lado a lado em alvoroço, dissimulando a precisão de estar bem juntos. Pisar a lama nos caminhos desusados, andar pela grama nublada de famintos gafanhotos. Infinitude de vida nos micos quase-gente e pássaros sinfônicos. Subir nas mangueiras, sentar no chão. Lambuzar-se de mangas douradas, suculentas, semiperdidas nos longes do curral abandonado.
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Meninos-peixes vadios mergulham no morno sonho cristalino do poço pouco-fundo preferido. Algazarra ao sol do meio-dia. Brincadeiras muitas, molhadas, de nadar, mergulhar, fugir; o pulo suicida, de cabeça ou machadinha. Deus os proteja. Depois do poço, o canavial. É hora do sonho doce da cana macia que areia os dentes. Logo, logo, empanzinados, bodoque na mão, malvado de desfalcar as orquestras vespertinas do passaredo. Junto à ponte, emoção. O cheiro bom da roupa limpa estendida ao sol. Um rolete de cana oferecido, um sorriso em troca. À noite, vamos brincar de Cai no Poço? Primeiro, as verduras murchando que reclamam a água do reminhol. Depois, então, reunir a turma toda. Quem sabe uva. Talvez maçã. Que tal salada mista?
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Felicidade suprema que dura meses. Roseira viçosa que o vento vem amolar. O chão coalhado de pétalas. Os sonhos descorando, murchos, na desilusão dos canteiros. O pai dela morreu subitamente. Ecos de gritos desesperados, na cinzenta segunda-feira. Mudança triste e doída. Nem ver o caminhão que parte. Não mais as alegrias de domingo à noite. Não mais caminhar pelos trilhos. Sem graça as roupas, outras, estendidas junto à fonte. Ponto final nas brincadeiras divertidas. Banhos de córrego, mangueiras, canaviais, cadê sentido? Primeira vez sentindo o coração doer de amor. Dor sem remédio, sem saída. Sabor de sal e fel. Amar sem fim. Mas veio o fim. Amara muito. Vida amara. Caneta e papel, um verso lenitivo, uma quadra, um poema. Sufocar no peito a dor de amor inédita que desabrocha em flor de poesia, no verso sofrido, de incerta rima. Falar de amor, cantar o amor, que o coração se dilacera e encontra alívio apenas na palavra/bálsamo que cristaliza a singular e irrevivível ventura do amor primeiro.

II
No emaranhado de desejos tantos, adolescendo, o esquecido caminho do trilho das vacas quase engolido pelo capim que viceja. Os caminhos são outros, percorridos. Brincar, nem mais. Urgem as emoções mais crescidas. A infância é sombra que bruxuleia na lembrança: a menina que foi para a capital. Versos sentidos, alguns. Ingênuas rimas, já chorosas, mas de rir agora. Coração cicatrizado de vez.
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Os córregos pródigos de carás, piabas e traíras, traídos, todos, pela isca suculenta que esconde o anzol. Pescar sem pressa, enchendo o cambão, de galho improvisado. Dar linha ao peixe beliscando. Dar asa ao pensamento vaguejante na vara que dorme paralela às águas filosóficas de pouco lodo e limo. Pouso certo de libélulas brincalhonas, às dezenas e jeitos muitos.
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As lavadeiras enxáguam, na velha fonte, as roupas, já limpas na espuma, e derramam, nas águas borbulhentas, as mágoas que escurecem o coração. Quanta vida na roupa limpa, nova em folha, e na prosa fácil que escorrega do sabão.
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A tarde é alegre e redonda no futebol do campinho semigramado, com traves frágeis de bambu. Futebol, magia da várzea, sem regras, sem camisas. Quase sem bola, maltrapilha, rasgada no espinho das cercas e multifurada nas agulhas dos coqueiros maldosos, enfileirados junto ao campo. A gritaria escurece na noite, que chega mansa, na bola semi-invisível, que teima em continuar, e termina em mergulho gelado no ribeirão da ponte.
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Domingo de barraquinha. Fazer avenida no largo da igreja. Lá, a turma inteira. Os colegas, recém-saídos da infância ingênua, vivendo todos no turbilhão das águas incertas e ardentes da pubescência. Sonhando beijos e abraços das meninas risonhas, vestidinhos estufados de seios que ensaiam formas sensuais. O coração sai pela boca, as pernas moles não querem obedecer. Ela veio. Está divina. E agora? O que fazer? Quem vai dar o recado? O relógio gira impiedoso. Cadê coragem. Só olhares e voltas pra lá e pra cá. Sorrisos, e só. Quase dez horas. O limite da espera. Daqui a pouco é hora de ir para casa. É agora ou nunca. “Pergunta se posso levá-la em casa. Vai logo". O sorriso aberto nos lábios. Convite aceito. É o paraíso. O homem mais feliz do mundo. Conversas desconexas, atrapalhadas. Risos. As mãos se tocam displicentes. Várias vezes, até que se encontram num arrepio e se prendem em emoção. Na despedida um beijo quase de raspão e ela some sob os arbustos que margeiam o jardim da casa. Ir embora dormir, que amanhã tem aula.

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O canto do galo, estridente e pontual, chama para a escola. Levanta de um pulo e, num sorriso largo, rememora a noite de domingo. Foi demais. Um gole do café, cheirando no esmalte do bule, um pedaço de bolo de fubá. O leite fresquinho, bem fervido, madrugado no mugido dos currais. A serra além dos pequizeiros derrama o sol no orvalho do pasto esbranquiçado. Espetáculo de luz e som no colorido dos pássaros há muito despertos. Sair mais cedo. Talvez encontrá-la no caminho. Um oi, que seja, é mais que tudo.

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Estudar. Que chato. O professor ensina coisas impossíveis quase de entender. Substantivo concreto, abstrato, primitivo e derivado. Primitivo, o professor. Abstrato, o pensamento. ‘Que pode uma criatura senão entre criaturas amar?’ Valeu, Carlos Drummond! Literatura. Melhor que gramática. ‘Se eu me chamasse Raimundo... ’ ‘E agora, José?’ O sinal para o recreio. Sai correndo para vê-la um pouquinho. A merenda cheira bem na fila imensa. O amor não pode esperar.

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A cada dia aumenta a precisão de estar com ela. Há sempre desculpas para o encontro. Pesquisa, trabalho, reunião na pracinha, andar de bicicleta, toda tarde. De vez em quando, uma festinha. Dançar ao som da música preferida. Quase tonto de emoção, mais que do vinho. Os olhos entornando paixão. Ilha de amor na imensidão da sala lotada de casais adolescentes nas idas e vindas de florescentes sentimentos. Lá fora, a noite está divina. O ar leve, perfumado de flores noturnas, inebria os corações. Os corpos unidos num só quase. Um abraço, um beijo longo molhado de emoção sem fim. Confissões, promessas, mais beijos. Um desejo incontrolável. Cada vez unidos, mais e mais.

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Junto ao fogão de lenha, a mãe cisma. Revira o borralho e sopra a lenha um pouco verde, que lhe arde os olhos, fumegando. Filhos, melhor não os ter. Criados, trabalho dobrado. Concerta plano para o rapaz. Em vão. Os filhos são do mundo. Namorar é cedo ainda. Irremediável. Mais dia, menos dia...
O filho conversa na porta da rua. Um amigo que vem avisar: amanhã vai ter piquenique. Vai ser um domingo e tanto. Na cachoeira. Tomar banho, divertir. As meninas também.
O fogo vivo acende a penumbra nos olhos da mãe. A água é traiçoeira. Quer quem não sabe nadar, quem sabe já é dela. Todo cuidado é pouco. Tem perigo não, mãe. Não tem bebida, só Ksuco. Resignada, ela vai preparar os quitutes para o passeio da meninada.
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A animação da turma ganha o caminho da cachoeira. É longe. É preciso apressar. Aproveitar o sol que queima já. Na viagem, passando pela horta, apanhar algumas cenouras viçosas, lavadas na água da bica. Seguindo em frente, todo mundo roendo cenoura gostosa, doce, pura, natural como um beijo adolescente.
As águas caindo em cascata. A mesa de toalhas postas sobre o gramado. O deleite total do mergulho na transparência do poço. Tentar vencer a força da água em queda. O barulho é ensurdecedor. Quase não dá para respirar. Que delícia. Nadar de novo. A menina vem junto. Não sei nadar. Vou te ensinar. As mãos segurando-lhe a cintura. As coxas tocando-se num arrepio. Sensação nunca tida. Um mergulho intencional para passar sob suas pernas. As costas roçando o biquíni, meio sem querer. É um jogo difícil de jogar. Tremura de frio e de emoção. Vamos sentar um pouco no sol daquela pedra. Um abraço. Um beijo. A seminudez que incomoda, mas que acorda desejos adormecidos. O sol ardendo a pele. O peito em brasa de euforia. O tempo voando inexorável. Chega a hora de voltar.
Na casa da garota, conversa decisiva. Namorar, se quiser, tem que falar com mãe. Surpresa na fala da menina. Namorar, quem disse? Um beijo mais de despedida. Em casa, o sono custa, iludido na memória do passeio. Frio na barriga só de pensar na mãe dela. Emoção de se sentir crescido. Coisa boa o amor oficial. De brincadeira é coisa de criança. Decidido. Sábado que vem, vou falar. O sono chega manso na visão dos olhinhos súplices cor de mel. Vai ser minha namorada.

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Semana inteira de pensamento enviesado. É preciso um pretexto. O amor é forte como o Sol. Não dá para encará-lo de frente. Já sei. Desculpa de um trabalho da escola. Sábado à noite? Será que vai colar?
Os livros esquecidos no canto do sofá. Só desculpa. Desatenção no programa de tevê. Difícil controlar o nervosismo. Criar coragem de fazer o pedido.
A mãe resolve ajudar. Dar um empurrão. Duas crianças brincando de gente grande. Vamos ver em que pode dar. Todo cuidado é pouco. “A vida é uma laranja azeda que o tempo vai adocicar. Mas quem tem muita pressa dela...” Seus beijos são tão doces, já está no ponto. Treze aninhos só e tão madura. Agora, namorada de verdade. De namorar em casa e tudo. Que felicidade.
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Os laços cada dia mais intensos. O amor crescente mais e mais. O corpo incendiado de desejos. Encontros diários, sucessivos. Cinema, festinhas, passeios muitos. Plenamente feliz ao lado dela. Amor sem fim cercando de todos os lados, abafando, sufocando, afogando num mar de carícias.
Quanto tempo dura a felicidade? Quase sempre menos que se julga. Nuvem carregada cobrindo o sol. Novos planos, novos rumos. Mais uma vez a vida e suas peças. É preciso partir, buscar novos horizontes. Na bagagem só a lembrança dos momentos bem vividos juntos. Na despedida, promessa de manter a chama acesa. As lágrimas inundam a imagem da menina que desaparece no horizonte incerto da tarde chuvosa de dezembro.
Cartas, cartas e mais cartas. Palavras sôfregas de saudades. Ausência doída, lenitivo nas expressões de carinho. Até quando não se sabe. No carnaval estarão juntos. Nem dar bola para a folia. Só ficar juntos, matando a saudade, curando a ferida. Dançar um sucesso do Bee Gees na solidão da sala. Andar à toa pela rua semideserta na manhã de domingo.
A despedida dói. Por isso, a vontade de acabar com tudo. Sofrer tudo de uma vez só. Mas, cadê coragem. Melhor é adiar e ver depois. Um mês, dois meses. Viagens longas, encontros breves. Saudade muita, acumulada, sem remédio. Cartas. Amar de longe não presta. A boca pede seu beijo, a palavra já não basta. O corpo pede seu cheiro, a fotografia não é mais suficiente. A vida pede sua presença, a distância é demais.
O tempo. O tempo impiedoso e cruel. O tempo abrindo o caminho. Consertando o sem-jeito. Mostrando o limite. O desfecho chega de manso, sufocado num beijo e num abraço asfixiante. As mãos demoram-se num aceno. Despedir sem despedida. Promessas impossíveis de cumprir. Que nosso amor seja eterno enquanto dure.

III
A vida frequenta caminhos já vividos e outros não. Para trás ficou a turbulência da transição. A erupção de desejos com relativa saciedade. A carne já não queima tanto, o coração mais domado. A necessidade de partilhar a paz que vem nos anos. Um amor maduro que chega sereno no olhar castanho e no riso branco e verdadeiro.
Há tempo bastante para conversa longa, filosófica, na mesa do bar. A cerveja esquenta no meio. As mãos esquecidas, juntas, no braço da cadeira.
A noite gostosa e fria de outono, meados de abril. O céu de lua nova estrelado. A brisa vem arrepiar o corpo num beijo sutil. Os olhos dela acendem-se refletindo a luz do céu.
“O amor é como a morte, quando amamos é sempre a primeira vez". A experiência não serve para nada. As mãos tremem, o coração bate forte. As palavras escapam confusas, sem nexo. Melhor é ser criança e caminhar à-toa pela rua adormecida já. Parando várias vezes, sem pressa de chegar. Na despedida, o beijo é mais tranquilo. Os olhos aprenderam a fitar sem receio, sem sofreguidão. O abraço demorado, íntimo e seguro, sentindo, com prazer, os contornos do corpo quente e receptivo. Se possível, ficariam a noite inteira ali, no portão, abraçados, murmurando besteiras. O barracão escuro, ninguém espera por ela. Mora sozinha, livre, independente. A tentação de entrar um pouco. Hoje, não. Outro dia, quem sabe? Mais um beijo marcando novo encontro. O final de semana, de novo, esperado e feliz. Tanta coisa boa de se fazerem juntos.
A vida é dura, viver é pura teimosia. Amar é um desafio constante, uma prova de vida que é preciso dar a si mesmo. Andar na corda bamba, no fio da navalha. Amar é necessário, mas é muito trabalhoso. O coração cicatrizado não toma jeito. Não tem medo de, na incansável busca, ferir-se novamente.
Diferente, agora, é poder amar sem tropeços. Saborear cada momento, cada palavra, cada sorriso. Amor maduro com doçura de fruta no ponto. A maturidade exala-se em tudo: no beijo gostoso que se desenha nos lábios, no abraço forte e decisivo, no brilho morno dos olhos, no desejo que dispensa palavras.
Lá fora, a noite fria de maio. No aconchego do sofá, os braços se estendem em oferenda, lábios entreabertos em úmida doação. O perfume ilumina a sala e acende a alma. A roupa é inútil, dispensável, descartável. Botão por botão, a blusa se abrindo. Duas rosas macias e perfumadas reclamando carícias sem conta. O enlace total, a nudez total, a entrega total. O fogo da paixão penetrando a alma. Êxtase sem fim. A noite é boa e calma de dormir num-só sem hora de acordar.
Planos. Carícias. Mais planos. Beijos. Amor infinito. Desejo crescente de estar bem juntos. Provar do mel que escorre puro e abundante. Abelha-rainha em vôo nupcial. Viver é necessário e muito perigoso. Criar laços, cativar nem sempre é bom. O medo quase sempre bate à porta.
O barco desce manso rio abaixo. Em breve, as corredeiras perigosas. Impossível mudar-lhe o curso. Pedras escorregadias, traiçoeiras. Semi-arrependido do caminho começado. Os planos não servem quase nada. Quebrar os laços. Desatar os nós. Voltar ao ponto zero do círculo vicioso. Buscar de novo a solidão. Depois, talvez, um novo amor. E mais tarde, uma vez mais, quiçá, seguir sozinho. Até quando, não se sabe…
Encontros, desencontros, reencontros.
Fernando Antônio Belino
Enviado por Fernando Antônio Belino em 28/12/2019
Reeditado em 26/02/2021
Código do texto: T6828879
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