APENAS UM ROMANCE VII

                         
Continuação


No meio do caminho resolveram passar em Gramado para pegar uma encomenda que a mãe de Valentin tinha feito numa Loja de lá. Foram até à Rotisserie
" Nona Mia" e Valentin pegou a encomenda: eram
duas caixas com Capeletes frescos para o almoço.
Dona Dulce já havia deixado o costume de
fazer as massas em casa porque havia muita
facilidade em comprá-las prontas.
Evelyn gostava muito das duas cidades que ficavam
muito próximas e como ainda era começo de janeiro
a cidade toda estava enfeitada para o Natal Luz.
Pegaram a encomenda e deram uma passada no
Lago Negro, o lugar é muito bonito e nesta época
fica ainda mais belo. Ainda era cedo para almoçarem então ficaram por lá, sentados admirando a paisagem e conversando. A moça
parou numa banca que tinha lindas echarpes e escolheu uma para levar para a mãe de Valentin.
A peça era bem delicada em vários tons de azul e verde. Quando olharam no relógio já era meio dia e meia, foram para o carro e logo estavam a caminho de Canela. Em quinze minutos eles chegaram.
A casa dos pais de Valentin era bem Central, a mãe
dele tinha dois Antiquários, um em Canela e outro
em Gramado. Na Loja havia também bijuterias antigas e artesanais, peças lindas para decoração e muitos móveis antigos. A Loja de Canela era ao lado da residência da família.
Valentin disse à ela que a levaria para conhecer
 o Antiquário naquele mesmo dia se desse tempo.
Eles entraram na Casa e foram recebidos pelos pais de Valentin, o Sr Antônio Benatti e dona Dulce,
vieram recebê-los com muita disposição e alegria.
Evelyn abraçou o casal e gostou deles na hora.
Eles passavam uma impressão de tranquilidade
que era contagiante. Dona Dulce recebeu a encomenda do filho e levou para a cozinha. Queria
já ir adiantando o almoço. Colocou a água para
ferver e deu uma olhada no molho que estava apurando no fogo. O cheiro que vinha da cozinha
era muito agradável porque ela estava terminando de assar um pernil e parecia ótimo.
Então Evelyn foi chamada na cozinha por Dona Dulce e ela percebeu o quanto a casa era bem
conservada. As duas mulheres queriam se conhecer
melhor também porque Dona Dulce sentia que o
filho precisava de uma companheira, afinal já
estava bem maduro, e um casamento só lhe faria bem. Evelyn entregou a echarpe para a anfitriã e ela adorou o presente. Disse que ia combinar bem
com suas roupas e abraçou a moça.
Os minutos passaram rápido e logo a comida
estava na mesa. Roberto e Gina chegaram na
hora, abraçaram Valentin e ficaram encantados
com Evelyn. Todos se sentaram para almoçar.
- Roberto, e o Lucas, não vem para o almoço?  disse Valentin para o irmão.
-Não, Valentin, ele saiu para almoçar com os amigos, sabe aquela turma como é animada. Sempre arrumam alguma coisa para fazer.
E assim o almoço transcorreu numa grande harmonia, todos fazendo questão de mimar
Evelyn. Estavam felizes com a presença da
moça. A sobremesa foi uma delícia, a ajudante
de Dona Dulce havia preparado alguns doces
caseiros e quase não deu para experimentar todos,
o doce de leite estava divino.
Já eram mais de duas e meia da tarde  quando terminaram de almoçar.
O Sr Antônio e dona Dulce se recolheram para um descanso, o irmão e a cunhada de Valentin foram embora porque sabiam que o casal precisava de privacidade e Valentin e Evelyn foram para a sala.
- Evelyn, o que achou de minha família? gostou
deles?
-Sim Valentin, eles são muito legais, me senti
em casa aqui. Agradeço a você pelo convite, estou adorando o passeio.
-Vamos sair um pouco?
-Vamos sim, as Lojas ainda estão abertas?
e o Antiquário? 
- Sim, ficam abertas até as seis. Vou te levar lá
agora.
E foram até a calçada e entraram na Loja. Um dos
funcionários vieram recebê-los.
-Olá Valentim, tudo bem? passeando por aqui?
-Sim Kléber, vim ver meus pais e trazer esta linda
moça para conhecê-los, e sorriu.
- Então vou mostrar a Loja para ela, e foi mostrando
tudo que havia ali. A Loja era belíssima, estava toda enfeitada para o Natal ainda e haviam enfeites natalinos lindos em cima das peças antigas que estavam muito bem cuidadas. Relógios de parede, enfeites, móveis, tapetes. Era mesmo deslumbrante!
Evelyn se encantou por um par de brincos de marcassita. Era bem antigo e ela na hora quis experimentar. Tirou os brincos que usava e colocou
aqueles que estavam num balcão com um vidro em cima. Ali havia vários brincos de pedras, abalone,
madrepérola e outros. Olhou no espelho e adorou.
Disse:
-Vou ficar com eles, qual é o preço, Kléber?
- O preço está ali na etiqueta. Quando ela foi
pegar para ver, Valentin não deixou, disse que
era um presente para ela. Uma lembrança de
Canela. Ela ficou meio sem jeito mas teve que
aceitar, afinal seria uma desfeita negar aquele
gesto de gentileza.
-Então foram passeando pela Loja, que era bem
grande e ela nem disse mais que gostara de nada...rs afinal não queria que ele lhe desse mais presentes.
Sairam da Loja e foram visitar o Museu de Cera, na Avenida das Hortênsias. Evelyn ainda não conhecia.
As reproduções dos artistas e personalidades era muito perfeita, as que ela mais gostou foi do Elvis Presley , da Marilyn Monroe e da Rainha Elizabeth II
da Inglaterra.
Sairam de lá e foram para uma Cafeteria, tomar um café, mas ao ver a vitrine cheia de doces eles não resistiram e pediram uma fatia de torta alemã.
Estavam bem tranquilos saboreando a torta quando
a chuva começou a cair. O tempo havia mudado
e Evelyn já havia pego seu casaco e seu cachecol.
Então o jeito foi ficar ali mais um pouco, esperando a chuva passar.
A cafeteria estava meio deserta naquela hora e eles
estava sentados numa mesa lateral, Valentin já não
resistia aos encantos da moça. Ela o havia enfeitiçado. Ele então chegou mais perto dela e acariciou seus cabelos com delicadeza, como se estivesse tocando um cristal e ela se deixou acariciar.
Dos cabelos ele passou para o rosto dela e a beijou
no rosto. Evelyn ficou meio corada porque há
bastante tempo que não ficava assim tão perto de alguém, mas gostou do carinho dele e seus olhos
brilharam de emoção. O Beijo foi inevitável.
Os dois ficaram felizes com o que estava acontecendo, havia uma química perfeita entre eles.
E o tempo passava como se eles fossem dois adolescentes. A noite caiu e a chuva não passou.
Eles voltaram para a casa dos pais de Valentin.
Chegando lá estavam molhados porque o carro de Valentin não estava estacionado bem em frente do café. Ele havia parado mais perto do Museu de Cera, então eles se molharam.
-Nossa meninos! vocês estão encharcados?
Vou trazer uma toalha para você se enxugar Evelyn.
-Não mamãe, Evelyn vai ter que trocar de roupa,
tomar um banho para não se resfriar. Você trouxe alguma roupa?
-Não Valentin, só o casaco.
-Mamãe, acho que alguma roupa da senhora serve nela. Vá com mamãe no quarto para ver ok?
E as duas foram para dentro, olhar se algo serviria.
Evelyn ficou meio sem jeito mas realmente ela estava muito molhada e não era bom ficar assim.
Escolheram um conjunto de moleton porque havia esfriado e um par de meias e tênis.
Ela foi para o banheiro que havia no corredor e tomou um belo banho. A banheira era grande e
ela pode relaxar ali alguns minutos.
Valentin foi para seu quarto e também tomou
um banho. Ele tinha roupas suas ainda nos armários.
Já eram oito da noite quando terminaram de se arrumar. A chuva ainda caia com força lá fora.
Dona Dulce havia providenciado o jantar.
A pizza que ela fazia era muito boa. Comprava a massa pronta e terminava em casa. Havia feito
de dois sabores: Calabreza e Marguerita.
- Que delícia Dona Dulce, eu adoro pizza!
-Que bom minha filha, eu faço sempre aos sábados
já virou tradição. Você fica conosco até amanhã?
O tempo não está bom para viajar.


                 
      continua no próximo capítulo

foto de minha autoria Museu de Cera



                      


  
Adria Comparini
Enviado por Adria Comparini em 26/01/2020
Reeditado em 26/01/2020
Código do texto: T6851173
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2020. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.