Crepúsculo do amor.

A noite caia e ela ainda estava presa na prisão improvisada do seu sequestrador e velho amigo, suas esperanças de gritar por ajuda foram se perdendo junto com a sua voz e a liberdade parecia tão distante quanto a lua que só tocava sua pele por pequenas frestas que tinham na parede da sua cela. Então era isso, era o fim, ela pensava, chegava até mesmo a se culpar por ter trocado o que antes pensava ser o verdadeiro amor por um casamento por conveniência, mas ela não podia viver daquele jeito e as memórias a assombravam todas as noites desde que deixou seu amigo para trás, porém, jamais confessaria isso a ele afinal Miguel nunca foi do tipo modesto ele não percebia que foi o único que ela namorou sem pensar em outro aspecto além dele, sim, de fato ela se casou, mas foi por dinheiro apenas isso e nada podia mudar o fato de que aquele orgulhoso, prepotente e agora bandido e sequestrador levou seu coração assim como está levando a sua vida. Dizem que ninguém dorme na primeira noite na prisão e com ela não foi diferente, Alice só via uma diferença entre a cadeia e o lugar onde ela estava, quando se comete um crime e é presa você conta as horas para ser beijada pela liberdade, mas na situação que ela se encontrara ela contava as horas para morte beija lá e isso não é nada agradável para se pensar antes de dormir, sem constatar o óbvio local inóspito que ela estava. Seus pensamentos foram desaparecendo junto com suas forças, o sol da manhã surgiu tão silencioso quanto a madrugada e antes que ela percebesse os coloridos raios do pôr do sol invadiam novamente o pequeno lugar e trouxe com si o barulho exagerado da porta velha sendo aberta, quando ouviu pela primeira vez acreditou ser o pior som do mundo agora tinha certeza que era o mais esperançoso que já ouvira, seu coração palpitava mais rápido do que nunca e ela esqueceu a fraqueza para gritar o mais alto que podia por socorro, gritava pedindo ajuda. Conforme os passos aumentavam o barulho maior ficava o seu sorriso mas apesar da escuridão aquele som trouxe uma forma que congelou seu corpo e a deixou sem ar, ela se encostou na parede como se tivesse sido empurrada.

—Achei que ficaria mais feliz por me ver, Alice.

Seu ex namorado e o causador de tanta dor estava ali na sua frente, seus cabelos bagunçados e sua pele pálida destacavam suas olheiras e seu rancor nos olhos que agora ele não precisava mais esconder.

—Me tire já daqui, Miguel. Eu ordeno.

Rapidamente a garota se levantou e disse, ela sabia fingir muito bem força e coragem, sabia contornar uma situação, o único problema é que seu velho amor sabia exatamente disso.

—Não está na condição de ordenar, minha querida.

—Eu sou a querida do meu marido.

Alice falou dando ênfase na última palavra, ela não sabia como aparentava estar, mas tinha uma ideia, seus cabelos deveriam estar bagunçados e suas bochechas vermelhas pelo frio, mas sabia o poder que ainda tinha sobre Miguel e isso era a sua última esperança, seu bilhete só de ida para bem longe daquele cemitério, ela sabia o que ele queria ouvir e não iria deixar essa oportunidade passar.

—Não é ele que está aqui com você.-Miguel tentou parecer calmo, mas sabia que era em vão, ele perdia o controle apenas por pensar na sua Alice sendo tocada por outro.-Ele nem sequer te procurou.

— Talvez ele não me ame, mas se preocupa comigo.

— Você nunca foi mulher para se contentar com tão pouco, o que aconteceu com você?

— Você deve ter me acostumado mal. Com todas as suas juras e palavras de amor.- Ela disse se aproximando da grade improvisada e ficando mais perto dele.- Cai em uma relação achando que encontraria esse amor em outros olhos, mas creio estar enganada.

—Você sabe que ninguém nunca vai te amar como eu, sabe que o que eu sinto por você só cresce a cada dia você estando ao meu lado ou não.-Miguel foi se aproximando a cada palavra até estar quase tocando a mão de Alice que segurava a grade.

—No dia do meu casamento, memórias e pensamentos de quando estávamos juntos não me deixavam em paz, você me tirou todo o fôlego me entregando o mais puro e distorcido amor, você foi meu motivo para pular de cabeça no precipício e esquecer nossa realidade porque você me levava a lugares que nem os meus mais elaborados sonhos poderiam imaginar. - A voz de Alice estava embargada, suas pernas trêmulas, suas palavras rápidas e bagunçadas e seus olhos marejados, mas a sua boca segurava um sorriso e por um segundo ali quando estava se declarando vendo os olhos do seu amor, Miguel brilhar com a luz da lua que chegava, ela esqueceu onde estava, ela esqueceu tudo, aquelas palavras estavam no seu coração desde o dia que ela disse adeus.

—Minha doce, Alice, você diz tudo que eu sempre quis ouvir, eu me despi de todo meu orgulho te pedindo para ficar e agora você diz tudo que eu sonhei.-Miguel já não tinha noção das suas palavras ele estava tão desesperado para dizer tudo que sentia que apenas deixou seu coração falar. -Você é uma necessidade, uma obsessão, uma nova versão do meu amor, me rendi a sua alma de poeta e seu coração que persegue o melhor do mundo a cada esquina, nada que eu diga pode definir o sentimento que borbulha no meu estômago e na minha mente, nenhuma palavra pode guardar tudo o que eu sou por você, apenas diga que vai ficar.

As palavras foram aumentando o som conforme a chuva repentina da primavera insistia em cair, os olhos de Alice estavam perdidos e a lucidez já havia sido levada para longe, mas o som da voz de Miguel a deixa mais perdida e confusa que nunca, ela sabia o que tinha que fazer, ela precisa fazer.

—A chuva está caindo lá fora e cada gota cai com o meu amor e preenche um oceano de sentimentos e promessas que me deixa com esperança de tocar sua alma novamente, com você eu me esqueço do universo a espreita da nossa história. Miguel, me deixe arder com o fogo da paixão dentro das suas veias, seja como a chuva e caia sob a minha pele, seja como a minha mente e assuma o poder sobre o meu corpo.-Miguel estava segurando a mão de Alice e ouvindo cada palavra da boca de sua amada, seu coração batia tão forte, ele mal podia respirar, sua ansiedade, sua euforia, ele estava mais apaixonado que nunca e só queria segurar seu amor em seus braços para nunca mais deixá la partir.-Quando a noite caiu ontem eu ainda chamava por você, eu ainda me culpava pelos crepúsculos perdidos nas tarde longe de você, não posso me perdoar por perder as cores mudarem no inconstante céu ao seu lado.

—Meu amor, você nada perdeu, temos a eternidade para ficarmos juntos, meu coração explode pelo meu amor, você é a melodia e eu as entrelinhas dessa canção que é ouvida como o vento da noite que faz das folhas uma conversa inacabável real. Se lembra doce Alice do poema que recitou para mim quando te pedi em namoro?

—”Querido, você é a única coisa que bate com o meu coração, você é a cor do meu sangue, eu sou tão sua que esqueci como é ser de mim mesma. Amor, me beije com as estrelas de plateia, me beije e deixe o mar com inveja por não poder beijar o céu, toque minha pele e me deixe me entregar para você, faça o que quiser de mim só não me deixe partir”.

—Dê alguns passos para trás e feche seus olhos, não aguento nem mais um segundo sem te ter em meus braços.

Alice fez o que foi lhe dito e sabia que agora era a hora de fazer a coisa certa, ela estava tão perdidamente apaixonada, ela estava tão ligada a ele que mal percebeu quando a porta improvisada se abrirá com chutes que Miguel dava, ela se viu livre, mas ao invés de correr para fora correu para os braços de Miguel, ele a segurou mais forte que nunca e os dois com respirações descontroladas não pensavam mais em nada, Miguel beijou sua amada com todos os sentimentos que ele tinha, Alice retribuiu e por um segundo, que se assemelhava a eternidade, se arrependeu por sentir o gosto de sangue na sua boca, seus olhos se enchiam de lágrimas.

— Alice, por quê? Achei que me amava.-Miguel disse com dificuldade caindo no chão gelado, a garota se ajoelhou ao seu lado e segurou sua cabeça, ela olhava dentro dos seus olhos e tentava se controlar para não chorar.

—Sabe que eu o amo mais isso nunca teria fim, não posso ser de alguém que explode com o amor, seus sentimentos só poderiam terminar em morte, meu amor.- Apesar da dor, Miguel se atreveu a sorrir.

—Meu coração dói mais do que o sangue que derrama em suas roupas.

Seus olhos estavam congelados um, no outro, nenhum dos dois se atrevia em desviar o olhar.

—Por favor, não diga nada, não quero que sinta mais dor.

—Como sentiria dor? Meu primeiro e único amor se declarou para mim e agora estou deitado no seu colo olhando para a luz do luar. Eu sempre irei te amar.

Agora com um corpo sem vida em seu colo, Alice já não conseguia parar de chorar, não por ter matado o homem que ela amava, mas sim por ter quebrado seu coração. Ela se levantou depois de fechar os olhos do seu amor e dar um último beijo em seus lábios gelados e caminhou para fora dali, subiu as escadas, passou pela porta e caminhou pelo cemitério com seu vestido branco agora cheio de sangue, sendo iluminada apenas pela luz do luar. Andando ela viu que perto da capela onde seu amor estava tinha um cipreste e sem perceber o que estava fazendo ela caminhou até ele amarrou uma corda velha que estava ali e se enforcou, sem nenhum pensamento, sem nenhum sentimento, ela não conseguia elaborar nenhuma palavra desde que Miguel respirou pela última vez e agora o cemitério tinha uma nova lenda, um casal apaixonado que sentia o mais forte e destrutivo amor. Pela manhã as crianças continuam brincando e cantando na porta do cemitério, mas agora com um céu nublado em suas cabeças porque assim como na morte de julieta o sol se entristeceu demais para brilhar na manhã da morte de Alice por causa do seu falso e destrutivo Romeu.

A noite caia e ela ainda estava presa na prisão improvisada do seu sequestrador e velho amigo, suas esperanças de gritar por ajuda foram se perdendo junto com a sua voz e a liberdade parecia tão distante quanto a lua que só tocava sua pele por pequenas frestas que tinham na parede da sua cela. Então era isso, era o fim, ela pensava, chegava até mesmo a se culpar por ter trocado o que antes pensava ser o verdadeiro amor por um casamento por conveniência, mas ela não podia viver daquele jeito e as memórias a assombravam todas as noites desde que deixou seu amigo para trás, porém, jamais confessaria isso a ele afinal Miguel nunca foi do tipo modesto ele não percebia que foi o único que ela namorou sem pensar em outro aspecto além dele, sim, de fato ela se casou, mas foi por dinheiro apenas isso e nada podia mudar o fato de que aquele orgulhoso, prepotente e agora bandido e sequestrador levou seu coração assim como está levando a sua vida. Dizem que ninguém dorme na primeira noite na prisão e com ela não foi diferente, Alice só via uma diferença entre a cadeia e o lugar onde ela estava, quando se comete um crime e é presa você conta as horas para ser beijada pela liberdade, mas na situação que ela se encontrara ela contava as horas para morte beija lá e isso não é nada agradável para se pensar antes de dormir, sem constatar o óbvio local inóspito que ela estava. Seus pensamentos foram desaparecendo junto com suas forças, o sol da manhã surgiu tão silencioso quanto a madrugada e antes que ela percebesse os coloridos raios do pôr do sol invadiam novamente o pequeno lugar e trouxe com si o barulho exagerado da porta velha sendo aberta, quando ouviu pela primeira vez acreditou ser o pior som do mundo agora tinha certeza que era o mais esperançoso que já ouvira, seu coração palpitava mais rápido do que nunca e ela esqueceu a fraqueza para gritar o mais alto que podia por socorro, gritava pedindo ajuda. Conforme os passos aumentavam o barulho maior ficava o seu sorriso mas apesar da escuridão aquele som trouxe uma forma que congelou seu corpo e a deixou sem ar, ela se encostou na parede como se tivesse sido empurrada.

—Achei que ficaria mais feliz por me ver, Alice.

Seu ex namorado e o causador de tanta dor estava ali na sua frente, seus cabelos bagunçados e sua pele pálida destacavam suas olheiras e seu rancor nos olhos que agora ele não precisava mais esconder.

—Me tire já daqui, Miguel. Eu ordeno.

Rapidamente a garota se levantou e disse, ela sabia fingir muito bem força e coragem, sabia contornar uma situação, o único problema é que seu velho amor sabia exatamente disso.

—Não está na condição de ordenar, minha querida.

—Eu sou a querida do meu marido.

Alice falou dando ênfase na última palavra, ela não sabia como aparentava estar, mas tinha uma ideia, seus cabelos deveriam estar bagunçados e suas bochechas vermelhas pelo frio, mas sabia o poder que ainda tinha sobre Miguel e isso era a sua última esperança, seu bilhete só de ida para bem longe daquele cemitério, ela sabia o que ele queria ouvir e não iria deixar essa oportunidade passar.

—Não é ele que está aqui com você.-Miguel tentou parecer calmo, mas sabia que era em vão, ele perdia o controle apenas por pensar na sua Alice sendo tocada por outro.-Ele nem sequer te procurou.

— Talvez ele não me ame, mas se preocupa comigo.

— Você nunca foi mulher para se contentar com tão pouco, o que aconteceu com você?

— Você deve ter me acostumado mal. Com todas as suas juras e palavras de amor.- Ela disse se aproximando da grade improvisada e ficando mais perto dele.- Cai em uma relação achando que encontraria esse amor em outros olhos, mas creio estar enganada.

—Você sabe que ninguém nunca vai te amar como eu, sabe que o que eu sinto por você só cresce a cada dia você estando ao meu lado ou não.-Miguel foi se aproximando a cada palavra até estar quase tocando a mão de Alice que segurava a grade.

—No dia do meu casamento, memórias e pensamentos de quando estávamos juntos não me deixavam em paz, você me tirou todo o fôlego me entregando o mais puro e distorcido amor, você foi meu motivo para pular de cabeça no precipício e esquecer nossa realidade porque você me levava a lugares que nem os meus mais elaborados sonhos poderiam imaginar. - A voz de Alice estava embargada, suas pernas trêmulas, suas palavras rápidas e bagunçadas e seus olhos marejados, mas a sua boca segurava um sorriso e por um segundo ali quando estava se declarando vendo os olhos do seu amor, Miguel brilhar com a luz da lua que chegava, ela esqueceu onde estava, ela esqueceu tudo, aquelas palavras estavam no seu coração desde o dia que ela disse adeus.

—Minha doce, Alice, você diz tudo que eu sempre quis ouvir, eu me despi de todo meu orgulho te pedindo para ficar e agora você diz tudo que eu sonhei.-Miguel já não tinha noção das suas palavras ele estava tão desesperado para dizer tudo que sentia que apenas deixou seu coração falar. -Você é uma necessidade, uma obsessão, uma nova versão do meu amor, me rendi a sua alma de poeta e seu coração que persegue o melhor do mundo a cada esquina, nada que eu diga pode definir o sentimento que borbulha no meu estômago e na minha mente, nenhuma palavra pode guardar tudo o que eu sou por você, apenas diga que vai ficar.

As palavras foram aumentando o som conforme a chuva repentina da primavera insistia em cair, os olhos de Alice estavam perdidos e a lucidez já havia sido levada para longe, mas o som da voz de Miguel a deixa mais perdida e confusa que nunca, ela sabia o que tinha que fazer, ela precisa fazer.

—A chuva está caindo lá fora e cada gota cai com o meu amor e preenche um oceano de sentimentos e promessas que me deixa com esperança de tocar sua alma novamente, com você eu me esqueço do universo a espreita da nossa história. Miguel, me deixe arder com o fogo da paixão dentro das suas veias, seja como a chuva e caia sob a minha pele, seja como a minha mente e assuma o poder sobre o meu corpo.-Miguel estava segurando a mão de Alice e ouvindo cada palavra da boca de sua amada, seu coração batia tão forte, ele mal podia respirar, sua ansiedade, sua euforia, ele estava mais apaixonado que nunca e só queria segurar seu amor em seus braços para nunca mais deixá la partir.-Quando a noite caiu ontem eu ainda chamava por você, eu ainda me culpava pelos crepúsculos perdidos nas tarde longe de você, não posso me perdoar por perder as cores mudarem no inconstante céu ao seu lado.

—Meu amor, você nada perdeu, temos a eternidade para ficarmos juntos, meu coração explode pelo meu amor, você é a melodia e eu as entrelinhas dessa canção que é ouvida como o vento da noite que faz das folhas uma conversa inacabável real. Se lembra doce Alice do poema que recitou para mim quando te pedi em namoro?

—”Querido, você é a única coisa que bate com o meu coração, você é a cor do meu sangue, eu sou tão sua que esqueci como é ser de mim mesma. Amor, me beije com as estrelas de plateia, me beije e deixe o mar com inveja por não poder beijar o céu, toque minha pele e me deixe me entregar para você, faça o que quiser de mim só não me deixe partir”.

—Dê alguns passos para trás e feche seus olhos, não aguento nem mais um segundo sem te ter em meus braços.

Alice fez o que foi lhe dito e sabia que agora era a hora de fazer a coisa certa, ela estava tão perdidamente apaixonada, ela estava tão ligada a ele que mal percebeu quando a porta improvisada se abrirá com chutes que Miguel dava, ela se viu livre, mas ao invés de correr para fora correu para os braços de Miguel, ele a segurou mais forte que nunca e os dois com respirações descontroladas não pensavam mais em nada, Miguel beijou sua amada com todos os sentimentos que ele tinha, Alice retribuiu e por um segundo, que se assemelhava a eternidade, se arrependeu por sentir o gosto de sangue na sua boca, seus olhos se enchiam de lágrimas.

— Alice, por quê? Achei que me amava.-Miguel disse com dificuldade caindo no chão gelado, a garota se ajoelhou ao seu lado e segurou sua cabeça, ela olhava dentro dos seus olhos e tentava se controlar para não chorar.

—Sabe que eu o amo mais isso nunca teria fim, não posso ser de alguém que explode com o amor, seus sentimentos só poderiam terminar em morte, meu amor.- Apesar da dor, Miguel se atreveu a sorrir.

—Meu coração dói mais do que o sangue que derrama em suas roupas.

Seus olhos estavam congelados um, no outro, nenhum dos dois se atrevia em desviar o olhar.

—Por favor, não diga nada, não quero que sinta mais dor.

—Como sentiria dor? Meu primeiro e único amor se declarou para mim e agora estou deitado no seu colo olhando para a luz do luar. Eu sempre irei te amar.

Agora com um corpo sem vida em seu colo, Alice já não conseguia parar de chorar, não por ter matado o homem que ela amava, mas sim por ter quebrado seu coração. Ela se levantou depois de fechar os olhos do seu amor e dar um último beijo em seus lábios gelados e caminhou para fora dali, subiu as escadas, passou pela porta e caminhou pelo cemitério com seu vestido branco agora cheio de sangue, sendo iluminada apenas pela luz do luar. Andando ela viu que perto da capela onde seu amor estava tinha um cipreste e sem perceber o que estava fazendo ela caminhou até ele amarrou uma corda velha que estava ali e se enforcou, sem nenhum pensamento, sem nenhum sentimento, ela não conseguia elaborar nenhuma palavra desde que Miguel respirou pela última vez e agora o cemitério tinha uma nova lenda, um casal apaixonado que sentia o mais forte e destrutivo amor. Pela manhã as crianças continuam brincando e cantando na porta do cemitério, mas agora com um céu nublado em suas cabeças porque assim como na morte de julieta o sol se entristeceu demais para brilhar na manhã da morte de Alice por causa do seu falso e destrutivo Romeu.