O seu notável epílogo - PerfeBleu

" Até onde você quer ir? O que você quer da vida? "

Alessandra se recompôs da última pergunta, e com um sorriso suave no rosto respondeu:

— Eu quero ir para um lugar, onde ninguém me conheça... Talvez num templo mulçumano? Ou numa caverna peruana? Bem, é por aí onde eu vou estar... Mas o que eu quero? Eu ainda não sei dizer bem... Mas eu quero algo que ainda não está visível aos meus olhos... Algo que eu ainda não tenha tido a capacidade de enxergar...

Mas eu não me preocupo com isso ainda... Sabe de uma coisa, William? O que vivi com você e as garotas foi inestimável para mim, definitivamente os levarei comigo para o resto de minha vida.

E há algo que eu aprendi aqui e mudou tudo para mim... — Ela deu uma pausa e suspirou, "Típico dela", pensou William enquanto ela voltava a pronunciar:

— O Destino de nossa jornada terrena é de alguma forma, a morte...

Mas até sobre isso, por agora estou serena. Porque eu percebi que não se trata da forma de sua morte, e sim sobre sua vida.

Então vou tentar aproveitar ao máximo os desvios da minha jornada e saber valorizar aqueles que estão ao meu redor, e aprender todo o possível, até o dia em que eu finalmente...

— Finalmente o quê?

— Irei para um lugar, que ninguém sabe como ou onde é... Mas que todos um dia irão.

Ela virou seu rosto e o olhava esperando alguma frase, talvez de satisfação pela resposta dada, ou ao menos concordância.

Mas William parecia intimamente agredido pela resposta dela, e voltou ao assunto com outra questão:

— Você novamente fala como se nunca mais fosse nos ver, como se esse fosse o fim... Como se a amizade das meninas ou a minha, não significasse absolutamente nada...

Mas você não se importa né? Você não se importa com a gente... Por mais que nunca tenha dito, a verdade é que você é muito despendida de amizades, e talvez nunca vá conseguir ser amiga verdadeiramente de ninguém...

Por que você então não corta os laços de uma vez comigo? Por que me faz ainda ter esperanças?

Alessandra, a frieza de seu coração me assusta... Você não ama ninguém...