SOLIDÃO

Amava as manhãs. Se ia trabalhar, aproveitava a solidão coletiva do trem para deixar seu pensamento vaguear livre. Em casa, passada a confusão de arrumar os filhos para irem para a escola, respirava e se inspirava do silêncio que no seu lar se estabelecia.

Algumas vezes a lembrança dele vinha. Sem o desespero e amargor de outrora, deixava-se recordar dos ótimos e terríveis momentos, sem escolher.

Quando cansava fazia uma pequena oração:

- Deus, o abençoe onde estiver. No entanto eu te imploro Pai: Nunca mais permita que eu me apaixone!

Aristoteles da Silva
Enviado por Aristoteles da Silva em 29/12/2021
Código do texto: T7417635
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