Anselmo & Amanda ( ou O que o amor une ninguém separa)
Dizem que, num baile da escola, a esperta da Soninha, roubou na cara dura o pretendido da irmã, a Amanda.
Roubou, ficou, encantou e meio que o aprisionou, por longos quatro anos.
“O Anselmo morreu" - diziam os amigos e amigas.
E de fato, o Anselmo trocou o tênis das caminhadas pelo sapato bico fino, a “bolinha” do fim de semana pelo golfe e o céu estrelado das noitadas pelo lugar de CEO na multinacional, tudo para atender aos caprichos da Soninha.
Então, quando ele e a Soninha compareceram à festa de confraternização da turma de 2008, a "turma" recepcionou um Anselmo muito refinado e distante, segurando um copinho com um comportado guardanapo embaixo.
Foi quando a Amanda se aproximou, e, vislumbrando lá no fundo do olhar do Anselmo um resquício do passado, fez um tímido convite: “vem comigo”?
E não é que ele foi... e para sempre.