Anselmo & Amanda ( ou O que o amor une ninguém separa)

Dizem que, num baile da escola, a esperta da Soninha, roubou na cara dura o pretendido da irmã, a Amanda.

Roubou, ficou, encantou e meio que o aprisionou, por longos quatro anos.

“O Anselmo morreu" - diziam os amigos e amigas.

E de fato, o Anselmo trocou o tênis das caminhadas pelo sapato bico fino, a “bolinha” do fim de semana pelo golfe e o céu estrelado das noitadas pelo lugar de CEO na multinacional, tudo para atender aos caprichos da Soninha.

Então, quando ele e a Soninha compareceram à festa de confraternização da turma de 2008, a "turma" recepcionou um Anselmo muito refinado e distante, segurando um copinho com um comportado guardanapo embaixo.

Foi quando a Amanda se aproximou, e, vislumbrando lá no fundo do olhar do Anselmo um resquício do passado, fez um tímido convite: “vem comigo”?

E não é que ele foi... e para sempre.

Ondina Martins
Enviado por Ondina Martins em 29/03/2022
Reeditado em 27/08/2022
Código do texto: T7483525
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