SEDE (microconto)

 

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Bebia o mel da tua boca, me afogava em teu suor, sorvia o néctar do teu prazer, tudo entre nós era límpido, sentimento cristalino mergulhado nos teus olhos, como espelhos d'água. Ledo engano meu,  partistes numa madrugada sem uma gota de arrependimento, me deixando mareado dentro d'um rio de lágrimas, a desilusão me transformou numa ilha cercada de vagas doridas arrebentando o meu coração. Só que apesar de tantas águas, ainda sinto uma enorme sede de ti.

 

 

* Imagem de    br.freepick.com

 

Cristina Gaspar
Enviado por Cristina Gaspar em 10/04/2022
Reeditado em 11/04/2022
Código do texto: T7492381
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